ambiente legal
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Sem adversários, mas nem por isso
uma unânimidade
Existem mais de 200 mil bacias hidrográficas em nosso
País. Juntas, elas acumulam 12% de toda água doce
do planeta. No entanto, o precioso e vital líquido, tão
maltrado ao longo de décadas, está virando coisa rara.
O Plano Nacional de Recursos Hídricos revelou,
em diagnóstico recente, que cinco das 12 regiões
hidrográficas brasileiras padecem dos males da escassez.
Colocar um preço para o uso da água é medida de
consenso entre os especialistas para amenizar esse
cenário de torneiras fechadas, que pode levar a
economia ao colapso.
Neste número de
Ambiente Legal
resolvemos dar um
mergulho” no assunto para tentar responder perguntas
sobre as quais todos querem saber mais do que até agora
foi dito. Exemplos? Quanto exatamente deve custar o
metro cúbico do líquido vital? O consumidor é quem, no
final, vai pagar a conta?
A base de cálculo determinada pelo Comitê de Bacia do
Paraíba do Sul (Ceivap) e os percentuais definidos pelos
integrantes do Comitê PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí)
estão entre os dados reunidos em nossa Reportagem de
capa que, em primeira mão, mostra uma série de outros
aspectos, como a estimativa de aumento nos preços de
produtos e serviços públicos e o risco do Poder Executivo
deixar de investir no setor sob alegação dos recursos
arrecadados nas bacias serem suficientes para atender às
demandas. Em São Paulo, quando a lei entrar em vigor
agora só depende de regulamentação – é possível que
transbordem” conflitos com a legislação federal vigente.
Diante desse contexto, “caixa-preta” nos pareceu a
melhor metáfora para ilustrar o quanto ainda há que se
revelar sobre a cobrança pelo uso da água.
Os Editores
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