Revista Ambiente Legal
essas aplicações, mas o setor ainda enfrenta muitos
obstáculos. Especialistas e empresas que detêm essas
tecnologias reclamam da falta de programas de inves-
timento e incentivo – a exemplo do que existe em ou-
tros países – para a ampliação do uso e barateamento
dos custos.
Dados da Abrava, a associação nacional que con-
grega os fabricantes de coletores solares, apontam
que estão instalados no País 2,7 milhões de metros
quadrados de coletores solares, algo em torno de 1,2
metro quadrado por habitante. “É muito pouco se
levarmos em conta a população brasileira”, afirma o
diretor executivo da Abrava, Carlos Felipe da Cunha
Faria, mais conhecido pelo apelido “Café”.
Só na China estão instalados 60 milhões de me-
tros quadrados. A Alemanha, um dos países com
maior tradição no uso de energia solar, dispõe de
irradiação solar menor que o Rio Grande do Sul.
O projeto Swera-Brasil aponta que, no sul brasilei-
ro, a incidência é de 7 kw/hora por dia. Os alemães
dispõem de 5kw/hora e o governo compra toda a
energia excedente com o objetivo de fortalecer cada
vez mais esse mercado. Em Israel, o uso de coletores
solares é obrigatório. O interior de São Paulo e o es-
tado do Mato Grosso apresentam, segundo o Atlas,
grande potencial para a instalação dos sistemas sola-
res. “A região amazônica tem muita água, o que bar-
ra o aproveitamento da energia solar. Por outro lado,
Mapas ainda inéditos do Programa Swera Brasil mostram o grande potencial do mercado solar no País.
Café: grande potencial a
ser explorado no País
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INPE-CPTEC Projetos SWERA (UNEP-GEF) e SONDA (FINEP)