Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
segunda-feira 9 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

CRIME, ASSIMETRIA E ECOFASCISMO EM HUMAITÁ…

by Portal Ambiente Legal
29 de outubro de 2017
in Geral, Justiça e Política
0
CRIME, ASSIMETRIA E ECOFASCISMO EM HUMAITÁ…
167
SHARES
2.1k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

Autoridades semearam arrogância e colheram o ódio da população

 

Humaita-fogo-na-sede-do-Ibama
Sede do Ibama incendiada em Humaitá

“Somos tratados como criminosos, bandidos da pior espécie pela forma truculenta que os policiais e agentes do IBAMA agem em nosso distrito”
(Pedro Oliveira morador de Humaitá)

 

Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro

A sede do IBAMA e do ICMBio em Humaitá – AM, amanheceu destruída pelo fogo, ateado por uma massa de garimpeiros e familiares injuriados com a destruição de suas balsas e instrumentos de trabalho, apreendidos pela fiscalização ambiental, destroçados e incendiados às margens do Rio Madeira. (*1)

Não se tratou de uma ação fria e premeditada. Foi uma reação criminosa, porém desesperada, face à ação arbitrária e desproporcional do IBAMA, que já colecionava protestos na região, pela forma arrogante e desrespeitosa com que estava atuando.

A revolta da população, outrossim, já vinha em um crescendo e todos os alertas foram disparados. Só as autocentradas autoridades ambientais é que não haviam percebido o risco.

 

População revoltada ateia fogo ás sedes do IBAMA e ICMBio em Humaitá - AM
População revoltada ateia fogo ás sedes do IBAMA e ICMBio em Humaitá – AM

 

Fiscalização e humilhação

Visando incrementar a fiscalização ambiental no Amazonas, agentes do IBAMA, sob cobertura do Ministério Público Federal e de forças policiais, agiram com energia contra madeireiras, laticínios e frigoríficos no distrito de Matupi e, em seguida, contra garimpeiros que agiam às margens da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Madeira na região de Humaitá.

Matupi é um distrito distante 180 km de Humaitá, que sofre um surto de imigração por conta da instalação de indústrias de laticínios e frigoríficos, além de madeireiras. Trata-se de região sob pressão populacional e com problemas econômicos e sociais complexos. No entanto, a fiscalização do IBAMA fez tábula rasa da população, tratando a todos, infratores ou não, como se fossem meliantes a serviço do tráfico de drogas.

A covardia institucionalizada provocou reação inusitada. A população organizou protesto pacífico, e, em passeada pela cidade, exigiu providência das autoridades contra a forma de tratamento desumano promovida contra ela.

Face ao crescimento econômico de Matupi, os órgãos ambientais reagiram como fazem os biocentristas: declararam guerra aos seres humanos.

Segundo a imprensa local, “infelizmente os órgãos encarregados da fiscalização se tornaram verdadeiros guerrilheiros armados, agindo como se fossem donos do mundo, abordando trabalhadores, e moradores local como se estivessem em uma favela de traficantes armados”.(*2)

O fato jornalístico, no entanto, foi ignorado pela mesmerização que hoje atinge a imprensa em escala nacional.

“A população de MATUPÍ é grande e precisa ser tratada com respeito e não com violência“, disse Dona Ranilda, uma moradora da comunidade, ao jornal de Humaitá na última quarta-feira, 25 de outubro, quando centenas de moradores com cartazes e faixas saíram as ruas para protestar contra os abusos cometidos por funcionários do IBAMA, a cada visita que fazem ao distrito.

Em seguida, veio o desastre de fiscalização realizado à Margens do Rio Madeira, em Humaitá.

Com isso, o que seria uma ação louvável de exercício de controle territorial, tornou-se uma manifestação de arrogância biocentrista, com o uso de força desproporcional, de forma ostensiva e sem qualquer respeito pela situação de miserabilidade da população local.

 

 população de Matupi protesta contra o IBAMA. Alerta já havia sido dado...

população de Matupi protesta contra o IBAMA. Alerta já havia sido dado…

 

Insensibilidade e mentalidade biocêntrica

Gestão ambiental envolve interesses difusos, os quais têm por característica serem intrínsecamente conflituosos e assimétricos.

Essa assimetria requer inteligência, efetividade e ação integrada. Jamais se resolve com a aplicação isolada da força bruta. Muito menos se resolve com arrogância.

O combate do governo ao crime ambiental, por sua vez, não autoriza seus agentes a agir com abuso e violência desproporcional.

Intervir em uma região miserável, dominada por atividades informais contaminadas pela criminalidade, exige cuidado.

Fazer uso da arbitrariedade contra gente sem alternativa de vida. Incendiar galpões, barcos, caminhões e destruir equipamentos, à vista de todos, com arrogância e intimidação, não induz respeito à autoridade, muito menos contribui para o Estado de Direito.

Arrogância biocentrista, não é procedimento legal, é ecofascismo.

Já tive a oportunidade de alertar sobre essa espiral comportamental, que vem contaminando perigosamente a gestão pública ambiental:

“O “operador do direito” e o “gestor público”, no biocentrismo, passam a ter o poder holístico de privilegiar recursos naturais globais, a cada decisão de caráter local. Isso os autoriza moralmente a descartar direitos, bens e pessoas, incluso o interesse nacional – tudo em nome da “revolta do objeto face à ação dos homens”.

Essa ideia da “revolta do objeto, face à degradadora atividade antrópica”, prioriza as coisas que cercam a atividade humana, conferindo-lhes status de sujeitos de direito, ainda que formalmente não o sejam.

Essa “elevação” de interesses interfere neurolinguisticamente na postura do biocentrista. Enaltece, eleva e envaidece. O resultado é a conformação do doutrinador em ditador de condutas politicamente corretas… para os outros.”(*3)
Como uma escola de pequenos ditadores, o biocentrismo atua na Administração de maneira a envolver os incautos numa cuia de vaidades intelectuais e carências emocionais reciprocamente estimuladas. Confunde interesse público com impulso psicológico de se imiscuir no comportamento moral alheio, de determinar a atividade econômica e social do outro.

 

Balsas e equipamentos destruídos e queimados pela fiscalização - espetáculo desnecessário
Balsas e equipamentos destruídos e queimados pela fiscalização – espetáculo desnecessário

 

Faltou gestão… e inteligência

A reação é de causa e efeito. Sem ter a quem apelar, a população, revoltada, só poderia terminar destruindo a sede do IBAMA e do ICMBio em Humaitá.

O episódio revela a absoluta incompetência das autoridades envolvidas. Revela, também, desconhecimento oficial completo da assimetria do conflito.

Faltaram gestão, inteligência, respeito e sensibilidade.

Nota ZERO para as autoridades, fiscais, policiais e militares envolvidos.

Pior é saber que…pela lógica econômica do fenômeno criminológico…essa ação desastrada não interromperá a degradação.

Notas:

(*1) A Crítica (Manaus) – Garimpeiros ateiam fogo nos prédios do Ibama e ICMBio no município de Humaitá

(*2) A Crítica de Humaitá – População de Matupi realiza manifestação contra truculência do IBAMA

(*3) Pinheiro Pedro, Antonio Fernando – “Morte ao Biocentrismo Fascista”, in The Eagle View
afpp (3)Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional (Paris), membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, Vice-Presidente Jurídico da API – Associação Paulista de Imprensa. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.

 

 

 

 

 

 

 

Tags: abuso de autoridadebiocentrismo fascistafiscalização ambientalgarimpeirosHumaitáIBAMAincêndioMatupivandalismo
Previous Post

A corrupção não é o principal ralo do dinheiro público no Brasil

Next Post

A MORTE DO CORONEL E O BATE-BOCA NO SUPREMO TRIBUNAL

Next Post
A MORTE DO CORONEL E O BATE-BOCA NO SUPREMO TRIBUNAL

A MORTE DO CORONEL E O BATE-BOCA NO SUPREMO TRIBUNAL

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre