Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
quarta-feira 11 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

GERAÇÃO DE CONHECIMENTO COMO ALIADA DA CONSERVAÇÃO

by Portal Ambiente Legal
21 de março de 2016
in Geral, Justiça e Política
0
GERAÇÃO DE CONHECIMENTO COMO ALIADA DA CONSERVAÇÃO
166
SHARES
2.1k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

BRASIL ENCOLHE NO MAPA MUNDI DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

mapa-conhecimento

 

Por Marcia Hirota*

O mapa acima pode causar estranhamento, mas é ilustrativo para entendermos os desequilíbrios na produção de conhecimento global e o papel que o Brasil ocupa nessa categoria.

Se o mapa-múndi fosse baseado na produção científica de cada país, o nosso gigante Brasil teria seu território bastante reduzido, assim como nossos vizinhos latinos. De modo geral, todo o hemisfério sul seria comprimido, frente à ampliação dos países do norte, com destaque para Estados Unidos e países europeus, líderes globais em produção e publicação de artigos científicos.

Em termos quantitativos, o país está em 13º lugar no ranking da produção científica, de acordo com estudo da empresa Thomson Reuters, que reúne a maior base de dados mundial sobre o tema. Já na lista dos 3.126 “mais influentes” cientistas do mundo, em relatório publicado pela mesma empresa, apenas quatro brasileiros são citados, com destaque para o doutor Paulo Artaxo, que atua nas questões de mudanças climáticas, meio ambiente e poluição urbana, entre outros temas.

A qualidade da produção científica no Brasil tem crescido e nas universidades e instituições de pesquisa do país não faltam bons profissionais e pesquisadores. A ausência é de estrutura, recursos financeiros e mais investimentos para essa atividade.

Em 2015, a crise econômica chegou também à ciência brasileira. Não bastasse o ajuste fiscal que atingiu o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Educação (MEC), tivemos também redução de recursos de programas como o Ciências Sem Fronteiras e de fundações de amparo à pesquisa.

Na área ambiental, a pesquisa científica é uma importante aliada para a qualificação de iniciativas de conservação da natureza, proteção da biodiversidade e recursos naturais, restauração florestal e recuperação de ecossistemas degradados. Apesar do cenário desfavorável, felizmente podemos contar com cientistas e pesquisadores que têm gerado conhecimento e inovação de ponta nessa área, fundamentais também para o desenvolvimento do país.

Muito se fala, por exemplo, do papel das florestas em minimizar as causas do aquecimento global, já que as árvores têm a capacidade de retirar CO2 da atmosfera. Agora, você sabia que se a mata em questão for uma “floresta vazia”, apesar de aparentemente intacta, essa capacidade é drasticamente reduzida?

A conclusão é de um estudo realizado por especialistas brasileiros, liderado pelo professor Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, que aponta “florestas vazias” como aquelas que perderam populações de animais, entre eles os herbívoros de grande porte, como as antas e os muriquis. O motivo é que esses animais são os únicos capazes de comer os frutos de maior proporção e dispersar essas sementes pela mata por meio do sistema digestivo. E há uma relação direta entre os frutos e sementes grandes com as árvores também de grande porte. São elas, justamente, as com maior capacidade de sequestrar o gás carbônico da atmosfera.

Essa perda progressiva de animais nos ambientes naturais é um fenômeno mundial, mas no Brasil atinge principalmente as áreas de Mata Atlântica, bioma historicamente mais impactado pela pressão humana. A boa notícia é que estudos sobre esse tema já geraram projetos de reintrodução de animais nativos, como um realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Outro exemplo de resistência na produção científica nacional é o trabalho desenvolvido pela Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha (SISBIOTA-Mar), que contou com apoio da Fundação SOS Mata Atlântica e possui 3 frentes – ecologia, conectividade genética e prospecção de substâncias químicas de organismos marinhos – e promove a integração de pesquisas sobre recifes de corais para gerar aplicações para a conservação marinha no país.

Os recifes são considerados, juntamente com as florestas tropicais, um dos ambientes mais ricos e diversos do planeta, por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais. Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes, incluindo 65% dos peixes.

No Brasil, os recifes de corais se distribuem por aproximadamente 3 mil km de costa, do Maranhão ao Sul da Bahia e ilhas oceânicas. Nessas áreas existem Unidades de Conservação (UCs) que protegem uma parcela significativa desses ambientes e onde essas pesquisas são também desenvolvidas, sendo que algumas delas são ou já foram apoiadas pela Fundação SOS Mata Atlântica, como a Reserva Biológica do Atol das Rocas (Rio Grande do Norte), a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (Pernambuco e Alagoas) e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos (Bahia).

A Fundação SOS Mata Atlântica tem apoiado pesquisas científicas ao longo de sua trajetória. Na área marinha, os editais do Fundo Costa Atlântica e os fundos pró-Unidades de Conservação Marinha beneficiam, graças ao apoio de patrocinadores, diversos projetos de pesquisa nas áreas protegidas. No Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin, localizado na cidade de Itu, no interior de São Paulo, pesquisadores de várias universidades contribuem com estudos relacionados à restauração florestal e espécies da Mata Atlântica.

A Mata Atlântica já foi em grande parte devastada sem sequer ser estudada. A cada ano, novas espécies são descobertas, mas há ainda muitas lacunas do conhecimento. Por isso, a SOS Mata Atlântica acredita que a pesquisa científica é fundamental para os esforços e engajamento da sociedade para a conservação e a promoção de políticas públicas. Temos um caminho longo, e com muitos percalços, pela frente, mas as pesquisas não podem parar. Nossos pesquisadores, especialmente os grandes aliados da causa ambiental, já demonstraram que têm capacidade e estão preparados para o desafio. Profissionais dedicados que devem ser ouvidos, valorizados e reconhecidos pelas autoridades e pela sociedade.

Fonte: SOSMA

 

Marcia-Hirota-artigo-3-614x435
*Marcia Hirota é diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, ONG brasileira que desenvolve projetos e campanhas em defesa das Florestas, do Mar e da qualidade de vida nas Cidades. Saiba como apoiar as ações da Fundação em www.sosma.org.br/apoie.

 

 

 

.

Tags: conhecimento e sustentabilidademapa da produção científicaMAPA DO CONHECIMENTOprodução acadêmicaproteção à naturezatrabalhos científicos
Previous Post

Petróleo na Amazônia – dano ambiental

Next Post

Quebra de sigilo bancário – a hora e a vez da Receita

Next Post

Quebra de sigilo bancário - a hora e a vez da Receita

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre