Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
segunda-feira 9 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

IDH e meio ambiente: relação complexa

by Portal Ambiente Legal
17 de fevereiro de 2014
in Geral
0
IDH e meio ambiente: relação complexa
233
SHARES
2.9k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

Conciliar dados – e políticas públicas – é desafio para governos

Por Vitor Lillo

Imagem: Reprodução/ Internet (em atendimento à norma legal 9.610/98)
Imagem: Reprodução/ Internet (em atendimento à norma legal 9.610/98)

Em vinte anos, o Brasil avançou impulsionado pelas áreas de saúde e renda, mas com a educação ainda deixando a desejar. Essas são as conclusões do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado há duas semanas.

De acordo com o índice, a expectativa média de vida subiu de 64,7 para 73,9; a renda que era de 0,647 agora é de 0,739; já a educação saltou 0,279 para 0,637, insuficientes 128,3%. No total, o IDH do país passou dos 0,279 de 1991 para 0,637 em 2010.

“O Brasil se mantém estável, mas estamos muito piores frente ao Chile e Argentina. Temos índices comparáveis aos do Equador e da Bolívia”, explica Felipe Bottini, consultor especial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

É fato que nosso país tem muito que avançar. Da mesma forma que o próprio IDH, criado em 1990, precisa se adaptar ao grande desafio dos anos 2000: conciliar desenvolvimento humano com a preservação do meio ambiente.

Contas que não fecham                  

O indicador, feito com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia três componentes básicos: longevidade, educação e renda, em uma escala de 0 a 1. A soma destes componentes define o IDH do país.

“A base do IDH é importante de duas formas: horizontal e vertical. Daí avalio como meu país está em relação aos outros índices e também em relação aos meus vizinhos”, explica Bottini.

Meio ambiente, ainda não é avaliado de forma isolada, pelo menos não oficialmente. Isso porque a Nicarágua, pequeno país da América Central situado entre Honduras e Costa Rica, desde 2011 adiciona esse “quarto item” ao indicador oficial.

É avaliada a proporção da área total coberta por florestas, a proporção de espécies da fauna e da flora “dentro de limites biológicos seguros” (não ameaçadas de extinção) e a segurança climática.

Engana-se quem enxerga isso como uma manobra para “turbinar” o IDH do país. Com a adição dos indicadores ambientais, o IDH do país cai dos oficiais 0,743 para 0,700, um alerta de que há muito a se fazer em termos de proteção ambiental por lá.

Mas afinal existe uma conexão entre desenvolvimento humano e meio ambiente? Segundo Felipe Bottini, existiria uma suposta relação entre baixo IDH e maior privação ambiental

E também existe uma projeção feita pelo próprio PNUD em 2011 apontando que o IDH poderá ser 8% menor do que a projeção inicial em um cenário que confirme as perspectivas atuais de aquecimento global, previstas entre dois e quatro graus.

“Países de IDH mais elevado apresentam cobertura florestal de pouco mais de 1% e nos médios está em 0,5%. Mas ainda é preciso entender essa questão de forma interdimensional. Isso é complexo e ninguém tem uma resposta”, afirma o economista. E sem essa confirmação, é difícil fazer projeções ou políticas públicas.

Para o professor Marcel Bursztyn, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UNB), O IDH “é uma questão conceitual”. “O melhor índice acaba sendo o pior, porque ele acaba exigindo coisas que a gente não tem”, opina.

“Se decidirmos fazer uma coisa mais complexa, não vai ser possível, até mesmo porque muitos países não têm dados completos. Se formos a continentes como a África, por exemplo, você não vai encontrar dados de cobertura florestal em todos os países”, sustenta Bursztyn.

IDH dos municípios brasileiros (foto) evoluiu entre 1991 e 2010, mas desigualdade ainda persiste. (Imagem: Reprodução/Internet)
IDH dos municípios brasileiros (foto) evoluiu entre 1991 e 2010, mas desigualdade ainda persiste. (Imagem: Reprodução/Internet)

IDH Verde

“Na verdade a gente está engatinhando. Indicador pode se muito bom, mas pode ser trabalhoso”, afirma Marcel. Uma prova disso é que o IDH, apesar da credibilidade que possui, não fica imune às críticas.

Segundo o professor Bursztyn, é a de se ater a dados quantitativos e não aos qualitativos. “O IDH, por exemplo, não mede se a escola é boa, mas a UNESCO tem o PISA. Na saúde, a OMS tem indicadores melhores”.

Felipe Bottini acredita que no formato atual do indicador é complicado adicionar componentes ambientais. “Quando você olha os índices de renda, saúde e educação, eles podem variar muito facilmente. Sustentabilidade é mais profundo, à longo prazo.”

Sendo tão difícil incorporar índices de sustentabilidade e proteção ambiental no indicador, a solução estaria, portanto, na criação de um índice específico, um “IDH Verde”? Os dois entrevistados concordam com a ideia.

“O IDH verde é interessante, você pode fazer algo mais voltado. Acho que para se medir a sustentabilidade de forma adequada, tem que colocar variáveis ambientais com impacto de médio, curto e longo prazo: emissões e cobertura vegetal porque isso garante sustentabilidade, acesso a água potável, etc”, sustenta Bottini.

“Acho que é necessário, porque todo mundo concorda que é a favor à sustentabilidade. Agora vamos ter que trabalhar melhor isso. Antes se trabalhava com a dimensão econômica, partimos para a social com o IDH, e agora temos que encaixar esse terceiro tripé que é o da sustentabilidade”, completa Marcel Bursztyn.

A discussão que apresentamos nessa reportagem não é meramente teórica. É fundamental que se encontrem formas de relacionar meio-ambiente e desenvolvimento humano no papel, pois assim será possível que sociedade e instituições públicas tracem planos concretos com impactos positivos para nós e o planeta hoje (ou seria ontem) e sempre.

Tags: Artigosdesenvolvimento humanoIDHIDH Verdeimpactos ambientaisimpactos sociaisindicadores ambientaisInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)Meio Ambientepolíticas públicassustentabilidade
Previous Post

Nanotecnologia, a aliada do meio ambiente

Next Post

Elaboração do plano de manejo da APA da Várzea do Rio Tietê

Next Post
Elaboração do plano de manejo da APA da Várzea do Rio Tietê

Elaboração do plano de manejo da APA da Várzea do Rio Tietê

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre