Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
sexta-feira 13 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

Muy amigos?

by Portal Ambiente Legal
3 de julho de 2006
in Geral
0
158
SHARES
2k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

A “crise do gás” provocada por Evo Morales revelou à sociedade brasileira o quanto o governo atual e gestões anteriores têm tornado a economia nacional refém de interesses externos.

Por Simone Silva Jardim e Soraia Sene 

Se sair do papel, o Gasoduto Sul terá como “sócios” Argentina, Brasil e Venezuela. Bolívia pode participar da iniciativa

A nacionalização das reservas bolivianas de gás natural e de petróleo causou um sismo na economia brasileira. Mas diz o provérbio popular que há males que vêm para bem; a chamada “crise do gás”, sem dúvida, foi esse bem às avessas. É que se abriu à sociedade brasileira a oportunidade de ver, nua e cruamente, a realidade do País nessa área estratégica. Vejamos.

O presidente Luis Ignácio Lula da Silva teve de admitir, publicamente, que foi “um erro estratégico” ter colocado tanto dinheiro em uma nação estrangeira – a Petrobras já investiu 1,5 bilhão de dólares no País do hostil e populista Evo Morales. Se Lula tivesse um pouco mais de sinceridade, teria ido além, dito alto e bom som que o erro estratégico de seu governo, e também de gestões anteriores, foi tornar nossa economia refém de interesses externos. Mas Lula não podia dizer isso, pois ainda insiste em caminhar na corda bamba.

Se não bastasse submeter o Brasil a Evo Morales, agora há o risco de o País ser, em um futuro próximo, refém de Hugo Chávez, por meio da construção do Gasoduto Sul, iniciativa que reúne Argentina, Brasil e Venezuela. Se vingar, o mega-gasoduto anunciado com entusiasmo por Lula terá nove mil quilômetros de extensão e talvez se converta em mais uma resposta na contramão do interesse nacional.

O mapa mostra o caminho percorrido pelo gasoduto: a Bolívia é o ponto de partida e o Rio Grande do Sul, a parada final

Irresponsabilidade à brasileira – O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, declarou que não se pode perder de vista que não tem havido boa-fé – a subjetiva da disposição e a objetiva do comportamento – por parte do governo da Bolívia em relação às obrigações contratadas. “A ocupação militar de unidades da Petrobras, a designação arbitrária de diretores bolivianos para a empresa brasileira, a ameaça de desapropriação de seus bens sem indenização são o exercício de atos unilaterais inamistosos. Representam um sério risco de prejuízo material para o Brasil e constituem um dano moral que compromete nossa política externa na região e no mundo”, afirma Lafer.

Já o economista e ex-ministro Antonio Delfim Netto, em artigo intitulado O medo da Bolívia, publicado na revista Carta Capital (edição no. 396, 17/05/20006), fez a seguinte avaliação da crise do gás: Diante desse passado de 180 anos (esse é o tempo de independência da Bolívia) de acordos secretos, traições, chicanas, tramóias e descumprimentos de contratos é que devemos medir a irresponsabilidade brasileira ao modificar a matriz energética para incluir o gás boliviano. Investimos em um gasoduto de 3 mil quilômetros para colocar boa parte da indústria nacional nas mãos de fornecedor não confiável, analisa Delfim Netto.

Assim, se, em 1993, em lugar de o governo brasileiro assinar contrato de parceria com a Bolívia para a construção do gasoduto e exploração e compra do gás natural tivesse investido na produção interna, hoje, o País teria não só assegurada sua auto-suficiência em petróleo, mas também em relação a esse combustível limpo, seguro e barato.

Pacote de medidas – Tentando correr atrás do tempo perdido, o governo federal lançou um pacote de medidas para buscar tão-somente reduzir a dependência brasileira na área energética. O compromisso da Petrobras de antecipar, para 2008, uma elevação na produção interna de gás natural de 24,2 milhões de metros cúbicos, prevista inicialmente para ocorrer em quatro a seis anos, é uma dessas medidas.

José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal petroleira, informou que a produção adicional virá principalmente da Bacia do Espírito Santo, onde recentemente foram descobertas novas reservas de gás natural. A meta é ampliar a oferta na região Sudeste, aumentando a produção dos atuais 15,8 milhões m3/dia para 40 milhões m3/dia.

Esse objetivo poderá ser atingido se dois novos campos de óleo e gás forem explorados no Espírito Santo (1-ESS-164 e 1-ESS-130). A companhia pretende, ainda, aumentar a oferta de gás do campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ), e ampliar a produção em torno do campo de Merluza, na Bacia de Santos (SP).

O Brasil seguramente tem todas as condições de produzir gás natural para atender plenamente à demanda interna, mas desde que invista pesado nas reservas da bacia de Santos, por exemplo, que têm aproximadamente 400 bilhões de m³ de gás e podem produzir 70 milhões de m³/dia, que atenderiam satisfatoriamente às regiões Sudeste e Sul, que, juntas, consomem cerca de 19 milhões de m³ de gás natural por dia. Por sua vez, a bacia de Campos tem reservas com 160 bilhões de m³ de gás natural. A reserva do Espírito Santo tem mais 150 bilhões de m³ de gás.

Vale lembrar que o Brasil importa atualmente cerca de 50% do gás natural que consome – em torno de 45 milhões de metros cúbicos/dia. Os especialistas estimam que o País vai depender de importações por, no mínimo, mais uma década, já que entre a descoberta de um campo de exploração e sua efetiva operação há um período de desenvolvimento e construção que leva entre sete e dez anos.

Desfecho esperado – Lula tem afirmado que a nacionalização das reservas do gás natural boliviano obrigou o Brasil a adotar medidas “arrojadas” na área energética. “Nós resolvemos trabalhar de forma mais arrojada para apresentar à sociedade brasileira a tranqüilidade de que ela precisa para não ficar correndo risco de faltar energia nesse país, como faltou em 2001, com o apagão”, discursou o presidente.

Esse, pelo menos, é o desfecho que a sociedade brasileira espera assistir ao final desse novelão entre hermanos no muy amigos.

Gás natural: os números do Brasil

Geólogos estimam que temos reservas de 800 bilhões de metros cúbicos de gás natural, quantidade suficiente para abastecer o País pelos próximos 50 anos – o estoque supera as reservas da Bolívia, estimadas em 620 bilhões de metros cúbicos. Os especialistas alertam que a falta crônica de investimentos no setor fez que apenas 37,5% das reservas brasileiras tenham sido, até agora, exploradas.

Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Ludmer, a importância do gás natural em cada etapa do processo industrial e em cada região do País é distinta, mas muitas indústrias são totalmente dependentes do gás natural. “O gás boliviano é responsável pela quase totalidade do produto consumido de São Paulo até o Sul”, enfatiza Ludmer.

Na opinião dele, será necessário estudar cuidadosamente as opções possíveis ao gás natural da Bolívia. “Há saídas, mas todas elas requerem dinheiro e um tempo de transição. Tudo isso diminui a competitividade da economia brasileira no curto prazo”, avalia Ludmer, que é membro do Conselho Mundial de Energia. O presidente da Abrace defende a participação dos consumidores na elaboração de qualquer plano de contingenciamento de gás natural voltado a situações emergenciais.

A indústria é o maior consumidor de gás natural no Brasil. Dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) apontam que, somente em janeiro deste ano, o País consumiu, em média, 42,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia – 27 milhões importados da Bolívia. Desse total, o setor industrial consumiu 53,4%.

Os chamados grandes consumidores industriais, a exemplo dos setores vidreiro, siderúrgico e petroquímico, utilizam 40% de todo o gás consumido no país e 25% da energia (parte dela também produzida a partir do gás natural). O faturamento dessas empresas é de cerca de R$ 260 bilhões, o equivalente a 13% do total faturado por todas as empresas do País, 28,8% do total de exportações e 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A demanda por gás natural é crescente no Brasil e deve dobrar até 2015. A taxa de crescimento mundial é de 20%, mas, no País, chega a 29,9%. A frota nacional movida a gás é de quase 2,5 milhões de veículos.

Petrobras: ordem é diversificar

Gabrielli: quebra de paradigma com H-Bio

A Petrobras anunciou que construirá pelo menos três usinas de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) como principal alternativa ao gás natural boliviano. Segundo o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, estão sendo estudados os locais mais adequados para instalar as usinas, que exigirão, cada qual, um investimento de 100 a 300 milhões de dólares. Essas instalações teriam uma capacidade de processamento de cinco a oito milhões de metros cúbicos por dia.

Por sua vez, Gabrielli informou que a estatal concluiu o desenvolvimento de uma tecnologia, pioneira no mundo, denominada H-Bio, para a produção de óleo diesel vegetal, obtido a partir de sementes como a do óleo de soja, da mamona e da palma. O novo produto será adicionado inicialmente em um percentual de 10% ao óleo diesel vegetal, reduzindo a dependência brasileira do diesel mineral, importado em até 250 mil metros cúbicos por dia. O H-Bio já vem sendo testado na refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Minas Gerais.

“É uma quebra de paradigma tecnológico, um avanço extremamente importante, porque introduz o óleo vegetal no processo de refino”, avalia José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras.

Segundo Gabrielli, o óleo diesel produzido por meio do processo H-Bio tem características de um diesel mineral normal, mas é de melhor qualidade, pois tem mais cetano e menor teor de enxofre, substância poluente.

O Ministério da Agriculturadivulgou que as três refinarias da empresa que passarão a adotar o processo de produção do H-Bio, a partir do ano que vem, em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, deverão demandar o uso de cerca de 1,2 milhão de toneladas de soja.

Técnicos da Petrobras têm afirmado que o H-Bio não é um combustível que vai concorrer com o biodiesel, uma vez que eles se complementarão na cadeia logística de distribuição de derivados no País.

Por fim, o governo também revelou que a Petrobras está concluindo testes para permitir que as usinas termelétricas, desenhadas para trabalhar com gás natural, possam utilizar também o álcool, o Gás Liquefeito de Petróleo (gás de cozinha) ou o Gás Natural Liquefeito em suas turbinas.

Previous Post

Brasil: potência em energia solar

Next Post

Espaço dos leitores

Next Post

Espaço dos leitores

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre