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O PARADOXO DA ERA DA INFORMAÇÃO

by Portal Ambiente Legal
31 de julho de 2025
in Geral
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O PARADOXO DA ERA DA INFORMAÇÃO

comportamento informacional - imagem: Copilot-AFPP

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Quando a Liberdade se Torna Aprisionamento

Por Linaldo Guimarães Pimentel 

Este artigo propõe uma reflexão sobre o que significa estar informado no século XXI. Em um mundo onde a informação é tanto liberdade quanto opressão, talvez o maior desafio seja reaprender a consumir, compartilhar e compreender. Afinal, como afirmou o escritor George Orwell, “quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado.” Hoje, quem controla os dados controla as mentes.

Vivemos em uma época sem precedentes, em que o acesso à informação é praticamente ilimitado. Com apenas um clique, podemos obter dados detalhados sobre qualquer tema, de qualquer lugar, a qualquer momento. Entretanto, essa liberdade é acompanhada por um paradoxo sombrio: a concentração do controle sobre as narrativas em poucas mãos poderosas. Grandes grupos econômicos, governos e conglomerados midiáticos comandam a agenda do que consumimos, transformando a informação em uma ferramenta de poder e manipulação.

Vivemos no que deveria ser o ápice da democratização da informação: um mundo onde qualquer pessoa, em qualquer lugar, tem acesso instantâneo a uma infinita quantidade de dados, opiniões e narrativas. Porém, paradoxalmente, este acesso quase irrestrito é mediado por poucas mãos. Grandes grupos econômicos, líderes políticos e conglomerados de mídia concentram a difusão e o controle sobre a agenda pública, escolhendo o que chega e como chega às massas. Nesse contexto, os cidadãos, que poderiam ser agentes soberanos de seu conhecimento, tornam-se peças de um sistema que, não raro, manipula mais do que esclarece.

Quando olhamos para o passado, vemos exemplos paralelos de manipulação informacional, como os panfletos e jornais controlados por elites no século XIX ou a televisão monopolizando a narrativa cultural no século XX. Contudo, nenhuma dessas situações atingiu o nível de saturação que temos hoje. Agora, o controle de narrativas é potenciado pelos algoritmos, que personalizam nossos feeds de acordo com nossas emoções e preferências. Somos bombardeados com aquilo que já queremos ouvir, perpetuando ciclos de desinformação e polarização.

O Ecossistema da Saturação Informacional

No atual ecossistema de comunicação, a informação deixou de ser neutra. Ela é moldada para atender a interesses sejam eles econômicos, políticos ou sociais. Não se trata apenas de informar, mas também de desinformar, persuadir ao consumo, criar ou destruir reputações e, nos casos mais extremos, inverter a percepção da realidade. Nesse ambiente saturado, mentiras podem ser disfarçadas como verdades robustas, enquanto as verdades podem ser descartadas como conspirações.

Essa dinâmica de manipulação cria uma guerra psicológica incessante, onde a atenção é a moeda mais valiosa. Tudo compete por esse recurso limitado: redes sociais, noticiários, anúncios publicitários e influencers. A injeção constante de narrativas, muitas vezes conflitantes ou polarizadas, não apenas gera confusão e alienação, mas também nos coloca em um estado contínuo de alerta emocional. Como resultado, a sociedade experimenta um esgotamento informacional, um estresse progressivo que impacta nossa saúde física e mental.

Esses males tornam-se ainda mais graves quando percebemos que somos ao mesmo tempo vítimas e causadores desse fenômeno.

Nossos olhos, dedos e aparelhos contribuem com fervor para essa dinâmica. Seguimos ávidos por validar nossas opiniões, consumir informações que reforcem nossas crenças e interagir com conteúdos que nos satisfaçam emocionalmente. Esse comportamento sustenta a economia da atenção e fortalece o ciclo de manipulação.

Paraíso Cubano: Somos Prisioneiros do Sistema que Criamos

Diferentemente de outras eras, em que governos autoritários ou regimes totalitários monopolizavam a narrativa, a era digital trouxe uma nova forma de controle, descentralizada na aparência, mas concentrada na prática. Grandes plataformas digitais e conglomerados de mídia moldam a realidade que consumimos, decidindo o que é visível e o que é descartado.

A propaganda antes associada a regimes como o Nazismo ou a União Soviética evoluiu para algo mais sofisticado: informações coordenadas que convergem com o comportamento do público para criar narrativas personalizadas e irresistíveis.

O mito construído em torno da figura do ditador Fidel Castro e seus arautos mais recentes como Gleisi Hoffmann e Lindiberges Farias, espalham pelas escolas e ruas dos mais distantes rincões do Brasil a agora sabida mentira, onde Cuba era apresentada como o paraíso do comunismo e a experiencia que comprovava com educação de alta qualidade, saúde de dar inveja a países de primeiro mundo, moradia e segurança garantidas a todos.

Esta narrativa ou falácia se esvaneceu como advento das Redes Sociais, as quais foram mostradas por celulares de turistas como uma pocilga comunista onde um belo povo continua submetido a um feroz regime ditatorial, com famílias inteiras vivendo em condições de subnutrição e submoradias em meio a estruturas de serviços que só lembram um país em guerra ou uma republiqueta do norte da África

Arautos desta mentira apregoada em escolas junto com a metodologia criminosa de Antonio Gramsci, teórico e ativista político marxista e Paulo Freire um arregimentador de analfabetos para a causa comunista, foi abertamente empregada para alienar e recrutar crianças e adolescentes para as hordas de militância partidária notadamente do PT de Lula, escondendo um real objetivo de criar massa de confronto social e político, para desconstruir as liberdades comuns a democracia. Neste cenário não se pode desprezar a existência diferenças sociais e premente necessidade de se promover oportunidades para se alcançar o bem comum e o

O Que Escolhemos Consumir Define Quem Somos

A luta pela atenção é a nova batalha da humanidade e o campo de guerra está em nossos dispositivos. A informação, nessa economia saturada, tornou-se uma ferramenta multifacetada. Seu uso ultrapassa o nobre objetivo de informar: ela é empregada estrategicamente para desinformar, persuadir ao consumo, construir ou destruir reputações, e até mesmo distorcer a percepção da realidade. Verdades tornam-se mentiras, mentiras são proclamadas como verdades – e, no meio disso, surge uma população incapaz de distinguir o fio da realidade da marionete da narrativa manipulada.

A Guerra Psicológica e o Estresse Progressivo

Essa inundação informacional não é inofensiva. Estamos submetidos a uma verdadeira guerra psicológica, onde a luta pela atenção humana transformou-se na mais valiosa disputa do

mercado digital. As mensagens, produzidas aos bilhões diariamente, competem por frações de segundo da nossa concentração.

As redes sociais, os portais de notícias e até nossos dispositivos mais íntimos aprenderam a nos rastrear, registrando nossos hábitos e nos oferecendo continuamente aquilo que queremos ouvir ou aquilo que mais nos afeta emocionalmente.

Essa dinâmica, batizada como ‘economia da atenção’, tem um custo. A pressão constante para estar atualizado, reagir, consumir e comentar gera um estresse cumulativo e progressivo. Ansiedade, insônia, burnout e a sensação de esgotamento informacional tornam-se sintomas contemporâneos comuns. Tudo isso, somado à manipulação emocional promovida pela personalização de conteúdos, cria uma sociedade hiperestimulada e, paradoxalmente, desinformada.

Persistência /histórica da Manipulação Informacional

Embora o volume atual de informações seja sem precedentes, a manipulação de massas em prol de interesses específicos é um fenômeno histórico. Na Roma Antiga, espetáculos no Coliseu distraiam o público enquanto questões políticas importantes eram decididas sem oposição. Nos regimes totalitários do século XX, tanto Adolf Hitler quanto Joseph Stalin utilizaram maciçamente a propaganda para moldar a percepção coletiva, apagando fatos inconvenientes e criando realidades alternativas.

No entanto, a era digital levou esse fenômeno a outro patamar. Se antes a manipulação era limitada por estruturas físicas e geográficas, hoje ela é global e instantânea. Qualquer narrativa pode ser disseminada a milhões em segundos, e o controle mediático concentra-se em algoritmos que promovem conteúdos não por sua veracidade, mas por sua capacidade de engajar muitas vezes explorando emoções como medo, raiva e indignação.

Conclusão: O Preço da Liberdade Informacional

A sociedade moderna se encontra diante de um dilema: conquistamos o acesso a quantidades ilimitadas de informação, mas, ao mesmo tempo, nos tornamos prisioneiros de um sistema que manipula nossas percepções, comportamentos e emoções. Somos indivíduos constantemente informados, mas não necessariamente mais conscientes ou críticos.

Para escapar desse paradoxo, é necessário repensar nosso relacionamento com a informação. Desacelerar, questionar fontes, buscar perspectivas diversas e evitar a disseminação impulsiva de narrativas polarizadas são passos fundamentais.

*Linaldo Guimarães Pimentel é economista e ensaísta político. Pesquisador e membro do Instituto Internacional de Contraterrorismo e graduado pelo ICT – Lauder School of Government Diplomacy and Strategy /Reichman University /Israel

Fonte: The Eagle View
Publicação Ambiente Legal, 30/07/2025
Edição: Ana Alves Alencar

As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.

Tags: aprisionamentocomportamento informacionalera da informaçãoliberdademanipulaçao de informação
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