Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
terça-feira 10 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

62% dos tatus da Amazônia brasileira no Pará têm bactéria da lepra, diz estudo

by Portal Ambiente Legal
3 de julho de 2018
in Geral
1
62% dos tatus da Amazônia brasileira no Pará têm bactéria da lepra, diz estudo
252
SHARES
3.1k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter
carnetatu
Carne de tatu e porco do mato apreendidos na feira do Multirão em Manaus

 

Um estudo inédito publicado na “PLos Neglected Tropical Diseases” mostrou que 62% dos tatus que vivem na Amazônia brasileira (especificamente no oeste do Pará) testaram positivos para a Mycobacterium leprae – bactéria causadora da hanseníase, ou da lepra, como a doença é conhecida.

Não é de hoje que a ciência sabe que tatus podem atuar como um reservatório natural para a bactéria causadora da doença. Trata-se da 1ª vez, contudo, que a relação é demonstrada com essa precisão no Brasil, dizem os autores.

No sul dos Estados Unidos, a associação já era observada — por isso, pesquisadores acreditam que a relação de transmissão entre humanos-tatus, principalmente via consumo da carne, seja um fenômeno antigo no Brasil.

 

Carne de tatu apreendida pela Polícia Militar, em Planaltina (GO). (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Carne de tatu apreendida pela Polícia Militar, em Planaltina (GO). (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

 

A hipótese da pesquisa também é corroborada pelas maiores taxas de hanseníase detectadas em áreas rurais do país (com Centro-Oeste e Norte apresentando os maiores índices; veja abaixo).

Os achados do estudo:

1. 62% dos tatus na Amazônia no oeste do Pará testaram positivo para a Mycobacterium leprae (bactéria causadora da lepra ou hanseníase);

2. Das 146 pessoas entrevistadas no município de Belterra, 7 foram diagnosticadas com hanseníase;

3. 63% (92) apresentavam sinais de anticorpos contra a lepra, o que indica contato com a bactéria;

 4. Aqueles que mais consumiam carne de tatu tinham maiores níveis de anticorpos contra a lepra que aqueles que não consumiam a carne;

5. Levando-se em consideração as altas taxas de hanseníase na Amazônia, pesquisadores acreditam que a rota de transmissão tatu-humanos não seja um fenômeno recente na região.

Segundo os autores, o estudo mostra, pela primeira vez, que esses animais podem atuar como um reservatório para o vírus por aqui. O trabalho teve como primeiros autores Juliana Portela e Moises Silva, ambos pesquisadores da Universidade Federal do Pará.

A pesquisa também teve a participação de cientistas dos Estados Unidos, como John Spencer, da Universidade do Estado do Colorado (EUA).

A hanseníase, ou a lepra, é uma doença contagiosa. Causada por bactéria, a condição danifica os nervos levando a sérias incapacidades físicas (pode haver dificuldades para andar ou para segurar objetos).

Manchas avermelhadas, esbranquiçadas e amarronzadas são marcas da doença. Indivíduos sentem febre, dor e “fisgadas” nos músculos.

 

mapadalepra

 

Maior número de casos é detectado em áreas rurais

Boletim do Ministério da Saúde divulgado em fevereiro de 2018 mostra que foram notificados 25.218 casos de hanseníase no Brasil. Entre 2012 e 2016, o ministério reporta 151.764 novos casos.

Maiores taxas foram detectadas nas regiões Centro-Oeste (32,27 novos casos a cada 100 mil habitantes) e Norte (34,26 novos casos a cada 100 mil habitantes).

No Pará, onde o estudo foi realizado, a taxa de detecção registrada pelo Ministério da Saúde foi de (40,39 casos a cada 100 mil habitantes). No Brasil, a média nacional de detecção de novos casos é de 12,2 novos casos a cada 100 mil habitantes.

“Os tatus ocorrem em números muito elevados em muitas áreas rurais do Brasil e a detecção de casos em humanos tem sido considerada hiperendêmica na região amazônica por muito tempo”, escreveram os autores.

“Por isso, é extremamente provável que a interação entre tatus e seres humanos infectados não seja um caso recente”, concluíram.

Lepra e consumo de carne de tatu

Além da análise dos tatus, pesquisadores também entrevistaram e testaram 146 pessoas da cidade de Belterra, no Pará. Cientistas analisaram a frequência das interações dessas pessoas com os Tatus. Também níveis de anticorpos contra a lepra também foram medidos no sangue desses indivíduos.

Da análise, cientistas diagnosticaram 7 pessoas com hanseníase. Dessas, 63% apresentavam níveis de anticorpos contra a lepra — o que sugere contato com a bactéria. Também pesquisadores encontraram que aqueles que consumiam a carne mais frequentemente apresentaram maiores níveis de anticorpos.

“Esses animais [os tatus] vivem na Amazônia brasileira e alguns moradores caçam e matam tatus como fonte alimentar de proteína”, diz nota sobre a pesquisa.

 

Fonte: G1

 

Tags: animais silvestresArtigoscarne contaminadacarne de tatuhanseníaselepralepra na AmazôniaMycobacterium lepraeTatu-bolatransmissão humanos-tatus
Previous Post

ABANDONO AFETIVO É INDENIZÁVEL

Next Post

ONU promove mobilização em prol da Mata Atlântica em 17 estados brasileiros

Next Post
ONU promove mobilização em prol da Mata Atlântica em 17 estados brasileiros

ONU promove mobilização em prol da Mata Atlântica em 17 estados brasileiros

Comments 1

  1. keli Cristina says:
    7 anos ago

    Boa tarde, gostaria de saber se posso ter acesso a mais informações a respeito da pesquisa?, com intuito de desenvolver artigo.

    Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre