Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
terça-feira 10 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

E aí, Brasil, vamos encarar os oceanos de frente?

by Portal Ambiente Legal
23 de dezembro de 2016
in Geral
0
E aí, Brasil, vamos encarar os oceanos de frente?
159
SHARES
2k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter
Banco de Abrolhos (Imagem internet)
Banco de Abrolhos (Imagem internet)

 

O Brasil não pode perder o compasso da história e deve se unir ao grupo de países que tem tomado a frente na criação de Unidades de Conservação (UCs) marinhas como uma ferramenta efetiva para ordenamento territorial, manutenção dos serviços ambientais, conservação da biodiversidade e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Entre os exemplos recentes, a Grã-Bretanha anunciou uma meta ambiciosa de criação de 4 milhões de km² de proteção de oceanos. Outro país a tomar medidas concretas para a proteção dos oceanos foi o Chile, com a criação da reserva Nazca-Desventuradas, com 297.000 km², em 2015. Destaque também para o Palau, que através de seu presidente, H.E. Tommy E. Remengesau, na conferência da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), anunciou a criação de uma das maiores áreas marinhas protegidas do mundo: Palau National Marine Sanctuary. O presidente propôs ainda uma moção à UICN de uma meta de proteção integral de ao menos 30% dos oceanos no mundo.

Já os Estados Unidos criaram nos últimos meses duas importantes áreas protegidas. A primeira foi o Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea, no Havaí. Com 1.2 milhão de km², cobre quase todas as ilhas e atóis do nordeste do arquipélago e é a maior área protegida do planeta. No dia 15 de setembro, o presidente Barack Obama criou também o primeiro Monumento Nacional Marinho Americano no Oceano Atlântico, a sudoeste de Cape Cod, no estado de Massachusetts.

Tais ações correspondem ao discurso do governo americano. John Kerry, Secretário de Estado dos EUA, abriu a conferência Our Ocean 2016 afirmando que “salvar nossos oceanos não é uma opção, mas uma absoluta necessidade”. No mesmo evento, o Brasil não se comprometeu com nenhuma agenda.

Mesmo com seu vasto litoral de 8.500 mil km e o crescimento progressivo e intenso das ameaças ao ambiente costeiro e marinho, o Brasil não vem cumprindo nem ao menos as Metas de Aichi, ratificadas pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), que estabelece em sua meta 11 o compromisso de proteger 10% das áreas marinhas por meio de UCs até 2020.

Para se ter uma ideia do quanto ainda tem a ser feito no país, apenas 1,54% do território marinho encontra-se protegido por UCs e deste total apenas 0,14% correspondem a categorias de proteção integral, como o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, que foi criado em 1983 e tornou-se o primeiro Parque Marinho brasileiro.

Parque Abrolhos (CharlesYoung)
Parque Abrolhos (CharlesYoung)

 

Mas esperanças não faltam para o aumento do território marinho protegido no Brasil. Em outubro, no evento de lançamento do documentário Banco dos Abrolhos: maior complexo coralíneo do Atlântico Sul, produzido pela Rede Abrolhos, o Ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho se comprometeu a dar início à ampliação da área de proteção do Banco dos Abrolhos.

Segundo o documentário, a região é composta por diversos mega-habitats, formações coralíneas variadas e alta biodiversidade. Além disso, a área garante o sustento de aproximadamente 30 mil pescadores.

O documentário sintetiza brilhantemente os 15 anos do trabalho da equipe da Rede Abrolhos, que descreve, caracteriza e monitora o Banco dos Abrolhos, uma área de 46.000 km2 da plataforma continental brasileira. Estimativas conservadoras indicam que 19% dos recifes coralíneos já se perderam e que, em 40 anos, mais 35% desaparecerão. No filme, é possível perceber quão complexos são os recifes de Abrolhos, quais são as principais ameaças e as alternativas para minimizar os impactos e priorizar as ações de conservação.

Uma das medidas em discussão é a ampliação da proteção para a região do Arquipélago dos Abrolhos e a cadeia de Vitória e Trindade. Um extenso território que há muito tempo é considerado como área de altíssima relevância e prioridade para conservação, porém, segue sem o devido respaldo legal para sua proteção. Nesse sentido, vários estudos científicos foram realizados e mobilização social a favor dessa ampliação já existe há anos. Porém, faz-se necessário construir um processo participativo, com o envolvimento dos diversos atores e com base na melhor informação científica disponível. Tal iniciativa pode ser o primeiro passo para o Brasil se alinhar aos demais países mundiais que têm ampliado suas áreas marinhas protegidas, provando que compreendem a importância dessas áreas, e demonstrar que se importa com o que temos debaixo de nossa grande imensidão azul.

Agora é a vez do Brasil olhar para o cenário doméstico. O Arquipélago dos Abrolhos, Cadeia Vitória e Trindade são boas referências, pois ali coexistem todos os elementos necessários e suficientes para merecer um status especial de proteção e, com isso, se alinhar às demais nações que encaram os oceanos de frente.

Há 10 anos, a Fundação SOS Mata Atlântica vem atuando com seus parceiros em prol do fortalecimento da agenda marinha, contribuindo para que novas UCs sejam criadas e implementadas e apoiando diretamente o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros órgãos públicos na gestão dessas unidades. Além das esferas federal e estaduais, esta é também uma boa oportunidade para avançarmos nesse tema no âmbito local, contando com o engajamento dos novos governantes dos 301 municípios costeiros sob influência do bioma Mata Atlântica.

Artigo de Marcia Hirota, Camila Keiko Takahashi, Diego Igawa Martinez e Leandra Gonçalves*, originalmente publicado em O Eco.

 

 

marcia-keiko-diego-leandra-2-614x463*Marcia Hirota é diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica. Camila Keiko Takahashi, Diego Igawa Martinez e Leandra Gonçalves são biólogos da área de Mar da Fundação. A SOS Mata Atlântica é uma ONG brasileira que desenvolve projetos e campanhas em defesa das Florestas, do Mar e da qualidade de vida nas Cidades.

 

 

 

Saiba como apoiar as ações da Fundação em www.sosma.org.br/apoie.

 

 

 

Tags: Arquipélago dos AbrolhosBanco de Abrolhosbiodiversidade marinhaCadeia VitóriaFundação SOS Mata AtlânticaICMBiopreservação da biodiversidade marinhaproteção costa brasileiraTrindade
Previous Post

OAB SP DIVULGA PRIMEIRO RANKING DE ACESSIBILIDADE NAS PRAIAS PAULISTAS

Next Post

Mortes por água poluída atinge mais mulheres em todo o mundo

Next Post
Mortes por água poluída atinge mais mulheres em todo o mundo

Mortes por água poluída atinge mais mulheres em todo o mundo

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre