Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
terça-feira 10 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

EM DEFESA DOS PEQUENOS RIOS URBANOS

by Portal Ambiente Legal
7 de agosto de 2015
in Geral, Justiça e Política
0
EM DEFESA DOS PEQUENOS RIOS URBANOS
189
SHARES
2.4k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

CIDADÃOS SE MOBILIZAM PARA MONITORAR E DEFENDER RIOS CARIOCAS

Rio dos Macacos_JB_01
“Comunidade” à beira do Rio dos Macacos – Rio de Janeiro.

 

Por Malu Ribeiro*

Os jacarés de papo amarelo que sobrevivem em lagoas e rios da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, em águas poluídas por esgotos sem tratamento e lixo, em regiões bastante adensadas, não chamam a atenção dos cariocas como fazia o “Teimoso” – um jacaré paulistano que apareceu no poluído rio Tietê no início dos anos 90. A surpreendente persistência do jacaré de São Paulo em viver nas águas contaminadas do Tietê, em plena Avenida Marginal, despertou nos paulistas o desejo de salvar o rio. Esse desejo coletivo, mas adormecido, resultou em uma enorme mobilização, que reuniu mais de um milhão e duzentos mil cidadãos em um abaixo-assinado para despoluição do maior rio do Estado.

Ao relembrar a história do “Teimoso” para um grupo de cariocas reunidos no Jardim Botânico do Rio de Janeiro para o lançamento do projeto Observando os Rios, que levará cidadãos e grupos de voluntários a coletar e analisar, mensalmente, a qualidade da água de rios urbanos, ouvimos vários depoimentos sobre a triste condição da qualidade da água doce e do mar. E em todos as histórias contadas havia o mesmo desejo: despoluir e recuperar a água dos rios, lagoas e bacias hidrográficas, tornando-os saudáveis.

No Rio de Janeiro, a exuberância da natureza e espécies ameaçadas de extinção, como o jacaré de papo amarelo, convivem com o crescimento urbano, com a falta de saneamento, com o trânsito intenso e com obras de infraestrutura que vêm mudando a paisagem da cidade rapidamente. Por isto, um dos papéis do projeto Observando os Rios é chamar a atenção das pessoas, fazendo-as olhar para esses rios e pequenos córregos urbanos como espelhos do nosso comportamento. Monitorar a qualidade da água é uma forma de sensibilizar, engajar e mobilizar cidadãos para a cidadania ambiental.

A primeira coleta de água com os integrantes dos novos grupos de monitoramento do Rio de Janeiro foi realizada no rio dos Macacos, na sub-bacia da Lagoa Rodrigo de Freitas, em maio deste ano. Esse rio nasce no Morro da Vista Chinesa, protegido pelo Parque Nacional da Tijuca, e corta o Jardim Botânico. Mas, apesar da aparência cristalina, suas águas recebem em seu curso de apenas 4,6 km que atravessa comunidades, ruas e avenidas pavimentadas, despejos de esgotos domésticos sem tratamento e lixo. A existência da floresta protegida mantém as nascentes e corpos d’águas perenes, o que, infelizmente, não é suficiente para garantir a qualidade ao longo do curso.

riodosmacacos-rj
Rio dos Macacos, afluente da Lagoa Rodrigo de Freitas, no trecho do Jardim Botânico – turbidez e poluição

Os indicadores medidos no rio dos Macacos pelos voluntários do Observando os Rios, apontam que a qualidade da água está regular e ruim, um alerta para que a sociedade mude comportamento, cobre investimentos em saneamento básico e se engaje em ações locais.

O desafio de sanear rios urbanos é mundial. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou a ampliação de uma legislação norte-americana, chamada de “Lei da Água” e que trata do controle de poluição dos grandes e pequenos rios de forma que todos os corpos d’água de uma bacia hidrográfica sejam protegidos com o mesmo rigor. A determinação foi aplaudida por ambientalistas e juristas, porém, desacreditada por democratas e setores econômicos que ameaçam recorrer ao Congresso e aos tribunais pelo pretenso direito de poluir rios que consideram menos importantes.

Em um comunicado oficial, o presidente Obama declarou que “um em cada três americanos recebe água potável a partir de rios que não contam com uma proteção clara, cujas águas foram deixadas vulneráveis à poluição e esse atraso custa caro a nossa economia”.

Aqui no Brasil, a situação dos pequenos rios, córregos urbanos e lagoas é ainda pior. Nossas águas não estão desprotegidas pela legislação e desde a Constituição de 1988 é proibido lançar esgotos sem tratamento em qualquer corpo d’água. O problema aqui é que, além de não haver respeito a Lei, fiscalização e punições efetivas, a norma que regulamenta em que padrão devem ocorrer os lançamentos de esgotos tratados é diferente de acordo com a categoria dos rios. Os mais nobres, destinados a usos ecossistêmicos e múltiplos, incluindo o abastecimento público, são os de classes 1, 2 e 3. Já os rios de classe 4 são os menos nobres, utilizados para diluir esgotos tratados com baixa eficiência, por sistemas que retiram apenas cargas orgânicas.

Por isso, é tão difícil conseguir promover a despoluição de grandes rios como o Tietê, ou mesmo garantir a boa condição da água do mar, das praias e lagoas com padrões saudáveis. Os pequenos córregos e rios de classe 4 recebem, de forma legal ou irregular, toneladas de poluentes orgânicos e químicos e não têm volume suficiente para diluir essas cargas de poluição. Todos esses rios correm para o rio maior da bacia hidrográfica, que mesmo estando enquadrado em outra faixa, como de classe 3 ou 2, não atingem esse padrão de qualidade devido ao grande número de afluentes de classe 4 que recebem. O mesmo ocorre com as lagoas e com a água do mar, destino final das bacias hidrográficas.

As águas seguem um único ciclo harmônico, o da natureza, e não podem ser enquadradas por legislações como a brasileira, datada dos anos 70, e que são reeditadas por resoluções e regulamentos a cada década para atender interesses de setores econômicos.

A quem interessa manter no Brasil rios para diluir esgotos? Para a Fundação SOS Mata Atlântica essa legislação precisa ser revista e modernizada, acabando com rios de classe 4 no país, sendo assim mais rigorosa no combate a emissão de poluentes na fonte de origem.

O exemplo de rios como o Jundiaí e o Lavapés, ambos no interior paulista, que após investimentos em saneamento básico e engajamento da sociedade, saíram da condição de rios de classe 4 para classe 3, é a comprovação de que reunir cidadãos, de forma voluntária, para monitorar a qualidade da água dos rios traz resultados efetivos, capazes de transformar a realidade e de nos devolver jacarés, peixes, água boa e a dignidade.

Fonte: SOS Mata Atlântica
maluribeirososmataatlantica
*Malu Ribeiro é coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, ONG brasileira que desenvolve projetos e campanhas em defesa das Florestas, do Mar e da qualidade de vida nas Cidades. Saiba como apoiar as ações da Fundação.

.

Tags: cidadania em defesa do meio ambienteEm defesa dos pequenos Rios UrbanosFundação SOS Mata AtlânticaJardim Botânico - RioMalú Ribeiromobilização popularPoluição no Rio de JaneiroRio dos Macacos
Previous Post

A MODA É REDUZIR,REUSAR E RECICLAR

Next Post

AÇÃO NO AR – BLAT, PINHEIRO PEDRO E ANÍBAL WANDERLEY

Next Post
AÇÃO NO AR – BLAT, PINHEIRO PEDRO E ANÍBAL WANDERLEY

AÇÃO NO AR - BLAT, PINHEIRO PEDRO E ANÍBAL WANDERLEY

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre