Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
segunda-feira 9 de junho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

A TECNOLOGIA COMO ALIADA DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO MARÍTIMO E PORTUÁRIO

by Portal Ambiente Legal
9 de março de 2021
in Geral, Justiça e Política
0
A TECNOLOGIA COMO ALIADA DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO MARÍTIMO E PORTUÁRIO
185
SHARES
2.3k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

09elfe 06-mulher

 

Por Maria Cristina Gontijo*

Equidade de gênero nas relações laborais é uma temática que ganha força a partir da revolução industrial e a entrada das mulheres como força de trabalho nas primeiras fábricas e minas de carvão. Séculos após as primeiras greves e mortes de trabalhadoras nas fábricas, as mulheres continuam a lutar por salários melhores e reconhecimento no mercado de trabalho.

Já no que diz respeito à navegação, o setor passou por três fases: o das embarcações a vela e a remo, o das embarcações a vapor e o das embarcações a propulsão nuclear. Nos dois primeiros períodos, é raro ouvir falar de mulheres na indústria portuária e da navegação.

Além de questões culturais que afastaram as mulheres por anos da navegação (superstições como: mulher a bordo de um navio dá azar), umas das principais razões para que as mulheres não atuassem na indústria do shipping seria justamente a força física para amarrar e puxar cordas, remar e fazer serviços pesados.

Já no porto, quem não lembra da famosa foto dos estivadores santistas com grande quantidade de sacas de café nas costas? A afirmação era: Que mulher seria capaz de carregar tantas sacas nas costas?

A situação começa a mudar a partir da descoberta da propulsão nuclear, do petróleo e do contêiner. Um crescimento acelerado da indústria da navegação, com novas tecnologias sendo aplicadas ao setor, a vinda dos primeiros guindastes e outros instrumentos controlados pelas cabines a partir de botões e joysticks, que no início sofreram protestos por parte dos trabalhadores portuários, começaram a abrir possibilidades à participação feminina na indústria da navegação e nos portos como um todo.

As novas tecnologias, sendo utilizadas da forma adequada e com a devida capacitação, tornaram possível que as mulheres passassem a ter mais oportunidades em um setor predominantemente masculino. Fica claro que a mecanização e a automação não as colocaram tão somente como trabalhadoras da linha de frente, mas fizeram também com que passassem a ocupar cargos nas áreas de TI, na área de administração, contabilidade e logística, como corpo jurídico de empresas e terminais, e cargos de alta direção as empresas privadas ou nas agências reguladoras estatais, todos antes dominados unicamente por homens.

Mesmo assim, diferente de outros setores em que as mulheres conquistaram espaço considerável, na indústria da navegação e na atividade portuária a discrepância ainda assusta a nível mundial. Dados da Organização Marítima Internacional, mostram que da força de trabalho marítima e portuária, somente 2% é composta pelo gênero feminino no continente europeu (IMO, 2019). A própria Organização, ligada a ONU, possui diversos programas que visam incentivar a equidade de gênero na indústria marítima.

Já no Brasil, dados das EFOMM – Escolas de Formação de Oficias da Marinha Mercante, mostram que entre 2001 a 2016 a mulheres representaram um total de 538 oficiais de náutica e 227 oficiais de máquina, ou seja, 28,8% em relação aos homens formados. Isso não quer dizer que todas estão empregadas no setor. Lembrando que não fazem nem 41 anos que a Marinha de Guerra do Brasil foi a primeira força armada a permitir mulheres em seus quadros.

Ainda no Brasil, na indústria offshore, as mulheres já se fazem mais presentes nas plataformas de petróleo. No porto, temos mulheres participando das operações, como por exemplo, as amarradoras e operadoras de guindastes. Estima-se um crescimento grande da participação feminina nos portos, mas ainda falta, até porque não há quase estatísticas.

Não se pode negar o papel da mecanização e automação na participação feminina nos portos e na indústria marítima como um todo. Isso é o bastante? Definitivamente não. Há muito ainda a ser feito. O certo (ou deveria ser) é que as tecnologias sejam ser objeto de estudo e inserção, e jamais de segregação.

Tudo o que é novo assusta. E com as novas tecnologias aplicadas ao ambiente portuário e marítimo não é diferente. Não se há de negar que foram tais tecnologias, assim como gestores e gestoras conscientes, que possibilitaram com que as mulheres ganhassem espaço em locais até então impensáveis. Tais conquistas são por mérito e competência de cada mulher que ali chegou. Afinal, existindo programas de incentivo e educação direcionada, as mulheres poderão optar em estar ou não estar em determinados postos de trabalho, assim como os homens.

Definitivamente não estamos mais na era de empilhar sacos nas costas, mas isso não quer dizer que os trabalhadores e trabalhadoras marítimos e portuários não devam receber a valorização devida e não tenham de passar por novos processos de aprendizado. E isso só poderá ser feito com uma mudança de cultura e capacitação de todos os envolvidos no complexo sistema portuário nesta nova era da Revolução 4.0.

 

gontijo-300x300*Maria Cristina Gontijo P. V. Silva – Advogada e Auditora Ambiental de Portos. Mestre em Direito Ambiental pela Universidade Católica de Santos. Membro da UBAA (União Brasileira da Advocacia Ambiental) e da UBAU (União Brasileira dos Agraristas Universitários). Sócia do escritório Lawand Gontijo Advogados.

 

 

Fonte: Maria Cristina Gontijo no Linkedin
Publicação Ambiente Legal, 08/03/2021
Edição: Ana A. Alencar

 

As publicações não expressam necessariamente a opinião da revista, mas servem para informação e reflexão.

 

 

Tags: Dia Internacional da MulherDireito Ambientaldireito maritimo e portuariomulheres marítimasmulheres portuárias
Previous Post

TV AMBIENTE LEGAL: SILENE GODOY – GESTÃO AMBIENTAL

Next Post

A MULHER, NO SEU DIA (A DIA…)

Next Post
A MULHER, NO SEU DIA (A DIA…)

A MULHER, NO SEU DIA (A DIA...)

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025
USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

USO EXCESSIVO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA AMEAÇA O FLUXO DOS RIOS NO BRASIL, APONTA ESTUDO

28 de maio de 2025
SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

SÉRIE “NO PANTANAL TEM GENTE” – 3º EP – INSTITUTO AGWA

28 de maio de 2025
O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

O EQUÍVOCO QUE LEVA À CENSURA

28 de maio de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre