A Máquina de Repressão Judicial e o Colapso do Projeto Globalista no Brasil
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*
Mais do que um desvio jurídico, o que se revela nos bastidores do Supremo Tribunal Federal é uma afronta à moral cristã e ao Estado de Direito.
Se São Mateus voltasse à Terra, diante do que foi revelado pela imprensa, certamente chamaria o escândalo de “obra de Satanás”.
A Confusão de Papéis e a Violação da Legalidade
O ministro Alexandre de Moraes, acumulando funções no STF e no TSE, conduziu inquéritos sem qualquer prudência ou respeito às regras de impedimento e suspeição.
Seus gabinetes operaram como uma entidade paralela, confundindo jurisdição eleitoral com investigação criminal, ignorando completamente os limites legais e constitucionais.
Assessores agiram “com criatividade”, pescando provas e construindo narrativas incriminatórias com base em intuições e preferências pessoais. Documentos foram adulterados, diligências conduzidas informalmente, e a objetividade jurídica substituída por humores e rancores.
Definitivamente, o aparelho de “combate à desinformação”, instalado no TSE, serviu como base para transformar o “duplo-gabinete” do Ministro, numa versão tupiniquim da temida STASI.
O que foi a STASI?
A Stasi foi a polícia secreta da Alemanha Oriental (RDA), criada em 1950 e extinta em 1990.
Considerada uma das mais eficazes e repressivas do mundo, espionava cidadãos, infiltrava grupos privados e usava tortura psicológica para silenciar dissidentes. Seu objetivo era manter o controle absoluto do regime comunista sobre a sociedade.
A estrutura revelada no Brasil, embora menos formal, reproduz de fato, métodos semelhantes de vigilância, censura e perseguição política.
A STASI Brasileira: Justiça Paralela e Inteligência Informal
As informações obtidas pelos jornalistas David Ágape e Eli Vieira, no bojo do caso que ficou conhecido como “Vaza Toga”, iniciado com a divulgação de arquivos entregues a Glenn Greenwald e, agora, renovado com novas apurações, divulgadas no site da organização Civilization Works, do jornalista americano Michael Shellenberger, apontam que Moraes supervisionou a força-tarefa, a partir de seu gabinete, com objetivo de gerar relatórios sobre alvos específicos, com base em informações de redes sociais e conversas em grupos privados.
Os arquivos revelados expõem um “gabinete paralelo de inteligência”, montado para investigar os atos de 8 de janeiro de 2023 de forma a blindar a sanha persecutória do regime petista. A estrutura funcionava dentro do TSE, com servidores vasculhando redes sociais de manifestantes detidos e emitindo “certidões positivas” com base em postagens genéricas.
As certidões apontavam como evidência de crime, “críticas ao STF ou ao presidente Lula”. Isso justificou perseguições e prisões arbitrárias.
A operação envolveu ativistas, universidades e agências de checagem infiltradas em grupos privados, tudo sob coordenação direta do gabinete de Moraes.

Motivo?
“Perfil em rede social no Twitter, com postagens antigas expressando aversão a Lula e ao Partido dos Trabalhadores.”
A Polícia Federal como Polícia Política
A Polícia Federal foi peça-chave nesse esquema. Funcionários recebiam listas informais de detidos diretamente da PF, sem cadeia de custódia formal. Dados sensíveis eram compartilhados fora dos canais legais, e agentes federais atuavam como braço operacional da repressão política.
Ao que tudo indica, o uso da PF como instrumento de perseguição ideológica visava também reduzir o papel das Forças Armadas no sistema de inteligência do Estado — enfraquecendo sua autonomia e neutralizando sua capacidade de monitoramento independente.

Observação colocada no documento: “dados sensíveis do TSE removidos”
Projeto Fracassado: O Colapso do Plano de Poder
O projeto do STF, por meio de Moraes, em apoio a Lula e seus aliados era e é claro: fazer uso da guerra legal como forma de reprimir lideranças e subjugar a maioria conservadora da população, eliminar Bolsonaro do cenário político e, como pá de cal, efetuar sua prisão.
Com o país sob controle, seguiria em marcha o plano ideológico de alinhar o Brasil a regimes autoritários — transformando-o numa segunda republiqueta bolivariana, uma espécie de “colônia chinesa” com vínculos estreitos com Irã, Rússia, Cuba e outras ditaduras.
Esse é o sonho socialista/comunista de Lula e seus “companheiros” petistas – um cenário pré-queda do Muro de Berlin, algo completamente orwelliano, um modo miserável de subjugar excluídos que, por isso mesmo, sempre contou com o beneplácito da esquerda globalista, do tucanato de FHC, Doria, Alckmin, ao apoio ostensivo de Obama, Soros, Clinton e outros (afinal, o mal se pratica longe).
O grande problema… é que nada disso deu certo. O projeto, no momento em que desvendado e exposto em suas entranhas… faliu.
A população não cedeu. Permanece atenta e sem confiar no regime.
Bolsonaro, por sua vez, manteve enorme prestígio, e sua prisão virou capítulo de novela mexicana mal escrita.
A sanção Magnitsky contra Moraes destruiu – em larga escala, qualquer credibilidade que ainda restava a ele… e à judicatura instalada hoje na Suprema Corte do Brasil.
Com a “Lava Toga 2.0”, a ação dos regimes democráticos do ocidente se soma a processos internacionais — como o da Rumble/Trump nos EUA — prometendo ampliar o cerco sobre a juristocracia e o regime brasileiros.
O sonho de uma esquerdista “bateu de frente” com os interesses dos EUA, que já deixaram claro: não permitirão outra Venezuela em seu quintal.
Mais do que isso. No jogo geopolítico, os americanos impõem limites à atuação e influência chinesas na região, e os chineses não avançam se se sentirem expostos.

O Choque Geopolítico: Ação Americana e o Desmascaramento da Máquina
A sanção americana contra Moraes provocou um abalo sísmico institucional. Pela primeira vez, uma potência estrangeira reconheceu oficialmente o caráter persecutório e autoritário das ações conduzidas por um ministro do STF.
A mensagem foi clara: o Judiciário brasileiro ultrapassou os limites da legalidade e da democracia. O Brasil foi exposto como um laboratório de lawfare globalista — onde a repressão judicial é usada como ferramenta política.
A ação americana desmascara o sistema e impõe um dilema: ou o Brasil reage e restaura o Estado de Direito, ou se consolida como uma república togada, governada por juízes inquisidores e sustentada por uma polícia política.

Cinismo como Método e Amnésia Jurídica
O sistema revelado é teratológico. A formalidade dos atos foi abolida. Moraes recusou-se a libertar detidos mesmo após recomendação da PGR, exigindo que sua equipe vasculhasse redes sociais em busca de “algo comprometedor”.
A moral judaico-cristã, base do nosso direito, foi ignorada. A cruz no STF, símbolo da justiça e da humildade, parece invisível aos olhos de quem se julga infalível. O cinismo institucional virou método. A ausência de norma virou regra. A honestidade virou pretexto. E a democracia virou alvo.
Conclusão: A Hora da Verdade
O que se revela é de gravidade incomensurável. Não pode ser admitido em nenhum país democrático.
O Congresso Nacional, em especial Senado Federal, devem seguir o clamor da opinião pública! É hora de agir!
É hora de ir às ruas, exigir investigação profunda e resgatar os valores cristãos e ocidentais que fundamentam nossa República.
Deus salve o Brasil.
*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor. Foi Secretário do Verde e do Meio Ambiente da Cidade de São Paulo (2000) e exerceu o cargo pioneiro de Secretário Executivo de Mudanças Climáticas do Município de São Paulo, de junho de 2021 a julho de 2023. Sócio fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados, é diretor da AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API. Foi o 1o. presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB/SP, presidente da Câmara Técnica de Legislação do CEBDS, presidente do Comitê de Meio Ambiente da AMCHAM – Câmara Americana de Comércio. Consultor do governo brasileiro, do Banco Mundial, da ONU e vários outros organismos encarregados de aperfeiçoar o arcabouço legal e institucional do Estado no Brasil. É Conselheiro do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP, Presidente da Associação Universidade da Água – UNIÁGUA, Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
Fonte: The Eagle View
Publicação Ambiente Legal, 16/08/2025
Edição: Ana Alves Alencar
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