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BRASIL: POTÊNCIA ORGÂNICA?

by Portal Ambiente Legal
31 de março de 2016
in Geral
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BRASIL: POTÊNCIA ORGÂNICA?
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Quando pensamos nos benefícios do alimento orgânico logo nos vem à cabeça os aspectos relacionados à saúde humana, pelo simples fato de evitarmos o consumo de agrotóxicos. No entanto, as virtudes vão além, sendo a produção orgânica aliada direta da própria conservação da natureza.

 

Os pequenos produtores são os maiores responsáveis pela agricultura orgânica no Brasil.
Os pequenos produtores são os maiores responsáveis pela agricultura orgânica no Brasil.

 

Artigo de Marcia Hirota e Marcos Palmeira*  

Alimentos orgânicos são produzidos por meio de técnicas específicas, buscando otimizar recursos naturais e socioeconômicos, objetivar a sustentabilidade econômica e ecológica e minimizar o uso de energias não-renováveis, sem empregar materiais sintéticos, organismos modificados geneticamente ou radiações ionizantes. O objetivo final dos orgânicos é a saúde da população, mas também a manutenção do equilíbrio do planeta, já que essa é uma técnica que preserva nossos solos, águas e biodiversidade.

Outro benefício está no próprio processo de certificação dessa produção. Para ser certificado, o proprietário de terra necessita, antes de mais nada, seguir a legislação ambiental, o que inclui, por exemplo, ter a Reserva Legal e proteger as Áreas de Proteção Ambiental (APPs). Pode parecer absurdo listarmos esse item como vantagem, mas sabemos que a realidade do agronegócio ainda está longe do cumprimento da lei.

Inclusive, este é um dos motivos que encarece o produto orgânico e limita muitos pequenos proprietários de terra a investirem nesse tipo de produção.organicaCOMIDASoluções e opções existem. Em Sorocaba, no interior de São Paulo, um coletivo da sociedade civil, com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e parceria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), criou o Grupo de Articulação Regional da Feira de Orgânicos de Sorocaba (Garfos) para a realização de uma feira de “transição agroecológica”, justamente para incentivar a produção de orgânicos de Piedade, município vizinho. Muitos produtores em Piedade, que é um dos principais abastecedores da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), começavam a trocar os insumos químicos pela agricultura orgânica, mas sem os recursos para realizar a certificação. Com a feira, que acontece em um parque de Sorocaba todos os sábados, esses proprietários encontraram um local para comercializar diretamente sua produção e, assim, levantar os recursos para se certificarem. Para completar, a iniciativa trabalha ainda em todas as etapas, desde o apoio ao produtor convencional que quer realizar a transição, o suporte ao pequeno produtor que encontra resistência para a mudança, a valorização da agricultura familiar e o estímulo ao consumo de produtos saudáveis.

Tal experiência aponta também o importante papel do consumidor como incentivador da produção orgânica. Não que a responsabilidade seja apenas de quem consome, mas gerar demanda é sim uma saída bastante eficiente para se estimular novas relações de produção, consumo e modelos de negócio. Um exemplo bastante inovador, e inspirador, é o Instituo Chão, recentemente inaugurado no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, definido pelos fundadores como “um espaço de convivência e economia social para experimentação de novas formas de relação”.
Na feira da associação sem fins lucrativos, que funciona de terça a domingo, os alimentos orgânicos são vendidos pelo preço do produtor, sem margem de lucro. Além do hortifruti, há ainda um café e mercearia. O preço chama atenção e já tem gerado procura, mas o mais interessante é a experiência socioeconômica e solidária, que elimina do preço final os custos operacionais do ponto de venda e convida os frequentadores-consumidores a colaborarem espontaneamente com doações para cobrir tais despesas, expostas com transparência num quadro negro. Vale a visita!

Agora, já que são tantos os benefícios da produção orgânica, porque o Brasil investe tão pouco nessa modalidade e continua a bater recordes no consumo de defensivos agrícolas? O motivo está no nosso modelo de agricultura pautada na monocultura e na produção de commodities. Esta é uma base importante para a balança comercial brasileira, tanto que durante a última década o país cresceu amparado na comercialização de alguns produtos primários, como a soja, o milho e o algodão. Mas é também um modelo econômico bastante questionável e que começa a dar sinais de enfraquecimento, com o recuo da cotação desses produtos no mercado internacional.

Instituto Chão, sem fins lucrativos, os alimentos orgânicos são vendidos pelo preço do produtor, sem margem de lucro. (Imagem fornecida pela "coisosonthego.com")
Instituto Chão, sem fins lucrativos, os alimentos orgânicos são vendidos pelo preço do produtor, sem margem de lucro. (Imagem fornecida pela “coisosonthego.com”)

Quando se planta e produz numa escala grandiosa e com uma diversidade baixa, ainda por cima em áreas sem a presença adequada de florestas, naturalmente ocorrerá o empobrecimento do solo, o descontrole natural de pragas, a diminuição da população de polinizadores, como as abelhas, a desproteção dos recursos hídricos e mais uma série de fatores que constituem o cenário ideal para que o Brasil se mantenha na liderança do consumo mundial de defensivos agrícolas. Sem contar que estamos falando em commodities, não em alimentos para a população.

O uso desses produtos é tamanho que o país já ultrapassou, em 2009, a marca de 1 milhão de toneladas de defensivos por ano, de acordo com o estudo “Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida”, de 2011. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nos últimos 40 anos o uso de defensivos agrícolas subiu 700%, frente ao aumento de 78% da área plantada no Brasil. Números que não devem ser comemorados e evidenciam o excesso de agrotóxico aplicado em nossas plantações.

Em abril deste ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde, divulgou nota de posicionamento em que pede a redução da utilização de agrotóxicos no país, alegando que as atuais práticas de uso de produtos químicos sintéticos na produção de alimentos oferecem risco à saúde, tanto das populações que estão expostas aos defensivos nas regiões de produção agrícola, como também de quem consome o produto final, em casa. Para se ter uma ideia do imbróglio, dos 50 produtos mais utilizados na agricultura brasileira, 22 são proibidos na União Europeia.

Além dos problemas para a saúde, os agrotóxicos representam uma grave ameaça para o meio ambiente, principalmente para os recursos hídricos. A utilização dos defensivos agrícolas é a segunda maior causa de contaminação dos rios, ficando atrás apenas do esgoto doméstico. Por estas e outras é que a produção sustentável, como o cultivo orgânico, continua sendo um grande desafio para o setor agrícola.

A sociedade precisa se organizar e pressionar o governo para que reveja sua política de incentivo à produção de agrotóxicos, evite a liberação de substâncias que já são proibidas em outros países e invista na redução progressiva desses produtos. Afinal, ainda sonhamos que um dia viveremos num mundo sustentável, em que a agroecologia se multiplique e o Brasil se torne o maior celeiro de produtos orgânicos do mundo. É possível alimentar a humanidade com alimentos orgânicos!

 

Fonte: www.sosma.org.br

  Coisos on the go

 

marcos-marcia-614x424 (1)*Marcia Hirota é diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e Marcos Palmeira é ator e produtor orgânico. A SOS Mata Atlântica é uma ONG brasileira que desenvolve projetos e campanhas em defesa das Florestas, do Mar e da qualidade de vida nas Cidades. Saiba como apoiar as ações da Fundação.

 

 

 

 

 

Tags: agricultura orgânicaagrotóxicosalimentação saudávelalimentos orgânicosArtigosdefensivos agrícolasFeira de orgânicosFundação SOS Mata AtlânticaMárcia HirotaMarcos CasadoMeio Ambienteprodução orgânicaprodutos saudáveissaúde
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