A luta bíblica que hoje se trava no Brasil…
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*
“Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte Jesus, o Rei dos Judeus?” (João 18:39). Então todos tornaram a clamar, dizendo: “Ele não, mas Barrabás”. E Barrabás era um ladrão. (João 18:40)
Um paralelo Bíblico
Fariseus e saduceus eram dois partidos religiosos que interpretavam a Lei de Deus de forma diferente, na antiga judeia. Os fariseus eram judeus zelosos, com muitas regras, e os saduceus eram sacerdotes que tentavam incorporar ideias gregas no judaísmo.
Jesus, um rabino pregador, sem sinagoga, passou a combater fervorosamente as práticas tanto dos fariseus como dos saduceus, que julgava corruptos da mesma forma, e que assim se mantinham desde o retorno judaico do exílio na Babilônia. Para Jesus, ambas as facções conspiravam contra o divino, pretendendo manterem-se corrompidos pelo poder globalista romano
Fariseus e Saduceus formavam, então, o “establishment” na judeia.
Face às transformações pretendidas por Jesus, superaram suas profundas diferenças e trataram de combater “o mal”, articuladamente. Foram eles, e não os romanos, que decidiram a morte de Jesus. Detiveram-no e levaram Jesus à autoridade de Pilatos, o governador romano da judeia. Após toda a paixão, conhecida de qualquer cristão, Pilatos dirigiu-se à multidão no derradeiro julgamento de Cristo:
“Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte Jesus, o Rei dos Judeus?” (João 18:39). Então todos tornaram a clamar, dizendo: “Ele não, mas Barrabás”. E Barrabás era um ladrão. (João 18:40)
Pano rápido.
A Bíblia tem o condão de conter referências a todo tipo de questão com que todos nós nos deparamos durante a vida. Essa impressionante capacidade bíblica torna o livro sagrado uma obra única e fonte permanente de aprendizado e inspiração.
Os fariseus do Brasil
O paralelo, portanto, não constitui pecado.
Assim, na outra ponta da história profana, no cenário do atual processo eleitoral brasileiro, “fariseus e saduceus” esquerdizóides conspiram contra a República, submetendo-a ao globalismo corrupto. Trabalham de forma intestina para que não ocorra qualquer alternância na chefia dos executivos estaduais e federal. Pretendem a perpetuação do pacto dos grandes partidos em torno de uma candidatura esquerdista ou moderadamente esquerdizóide.
Os novos fariseus e saduceus manipulam o que podem no sentido de extrair o próximo governo do arco de alianças incrustado no Estado desde o advento da Nova República. O mesmo arco de alianças que escolheu José Sarney, sofreu um revez com Collor, recuperou-se com Itamar, elegeu FHC, Lula e Dilma, e recompôs-se com Temer.
Esse arco de alianças, chamado “presidencialismo de coalização”, tornou-se o câncer que hoje consome a democracia brasileira.
Esse presidencialismo de coalização sobrevive na teia tóxica da Constituição moribunda de 1988, que hoje sufoca na Nação. Esse sistema entronizou o crime organizado na estrutura de poder, degradou a administração, judicializou a política, reduziu a capacidade de investimento do Estado, destruiu os cofres públicos, conspurcou a base moral da sociedade, degradou a unidade familiar, expandiu a violência urbana, gerou insegurança jurídica, destruiu a confiança e institucionalizou a corrupção.
Esse establishment parasita não está disposto a “largar o osso”. A lama envolve um projeto esquerdizóide de poder hegemônico com vínculos internacionais, comprometido com a relativização da soberania nacional e destruição dos valores morais e cívicos da cidadania. Em troca, pretende-se implantar uma mentalidade corrosiva baseada em um discurso hipócrita dito “politicamente correto”.
Trata-se da moral contra a imoralidade. O civismo contra a incivilidade. A esperança contra o rancor. O mérito contra a inveja. A família contra o Estado. A Justiça contra a permissividade criminosa.
O desespero dos fariseus
Porém, tal qual ocorre no Livro Sagrado, na matemática, na física, na química e na biologia, o imponderável fatalmente ocorre e, do caos surge a mudança. Da mesma forma, no mundo profano das relações humanas, crimes perfeitos costumam falhar.
Com todas as amarras postas no processo, a estrutura democrática remanescente propiciou ao cidadão de bem fazer carga concentrada nas eleições e, com todos os senões, alterar todas as previsões, ameaçando mudanças no processo político.
O ensaio começou em 2013, com gigantescas manifestações de protesto e, de lá para cá, todo o esquema de transformações encontra-se em franco processo – por mais que tratem os “fariseus e saduceus” tupiniquins de buscar sua contenção.
Nesse processo, surgiu o projeto eleitoral de Jair Bolsonaro. Isolado, pequeno, desprovido de dinheiro, tempo na TV e no Rádio, sem base parlamentar ou alianças partidárias. E, no entanto, cresceu… assustadoramente.
O núcleo parasita implementou ampla manobra partidária, visando segregar Bolsonaro, isolando-o partidariamente e segregando-o da mídia tradicional. Porém, Jair Bolsonaro reagiu, adotando uma estratégia de desbordamento digital até então não considerada pelos adversários.
Utilizando os únicos meios ainda não dominados completamente pelo esquema parasita – a internet e a mobilização popular, Bolsonaro obteve impressionante vitória estratégica na campanha. Essa trajetória fantástica, independente do resultado nas urnas, merecerá estudos e estreito acompanhamento, pois o espectro da sua mobilização abalou decisivamente a estrutura do Estado, provocando o descolamento das forças civis e militares e a cisão na estrutura judiciária.
É de se imaginar se o pregador da judeia tivesse então essa oportunidade conferida a Bolsonaro, de pregar com coragem, destruindo a hipocrisia e o discurso fácil com a língua afiada na convicção moral e na força dos valores sobre os quais ergue-se a Nação.
O pavor, agora, se instala nas hordas do establishment.
A reação passa pela sordidez
O crescimento exponencial da popularidade de Bolsonaro tornou impossível à mídia amestrada continuar sonegando o reconhecimento do fato. Da mesma forma, as empresas que manipulam pesquisas eleitorais foram obrigadas a considerar numericamente a possibilidade real de mudança do Poder.
O desespero bateu nas hostes da mesmice, surgindo a pregação do ódio pessoal ao candidato no horário eleitoral gratuito. À campanha de ódio e demonização da pessoa, seguiu-se o atentado contra o candidato Bolsonaro. Tudo matematicamente previsível. Como matematicamente não se previu que o candidato sobrevivesse…
Segue-se a campanha sórdida da desconstrução da realidade, a fabricação de factoides destrutivos e a manipulação de números.
Jornalistas amestrados enterram a moribunda imprensa nacional junto com suas próprias biografias. Instituições em pânico articulam para que tudo fique exatamente como está… até que os algoritmos façam seu improvável trabalho (pois não há fraude que supere sem conflito, uma provável votação em massa).
Chegou, portanto, o momento do cidadão.
A coalização desprezível de celerados parasitas, que hoje forma a grande barreira à democracia, precisa ser derrubada no voto. Só assim o Brasil retornará para o cidadão de bem e seus filhos, nesta e nas próximas gerações.
Hora de pensar nos filhos, nos netos, na base moral em que serão criados.
Não haverá mais crucificação. Agora é buscar a salvação. É hora de votar decisivamente em Jair Bolsonaro.
*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB. Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API. É Editor – Chefe do Portal Ambiente Legal, do Mural Eletrônico DAZIBAO e responsável pelo blog The Eagle View.