Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
terça-feira 8 de julho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Geral

IMPOPULARIDADE E SINCRONICIDADE

by Portal Ambiente Legal
7 de agosto de 2017
in Geral, Justiça e Política
0
IMPOPULARIDADE E SINCRONICIDADE
161
SHARES
2k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

É a economia, é a política, é a responsabilidade…

 

temer2

 

Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro

A frase “It’s the economy, stupid” (é a economia, idiota), foi cunhada em 1992 por James Carville, estrategista da vitoriosa campanha presidencial de Bill Clinton contra o presidente republicano George H. W. Bush. A frase respondia à perplexidade de todos ante a mudança de quadro na política americana. Afinal, em 1991, após a invasão do Iraque, quase 90% dos eleitores ouvidos nas pesquisas de opinião aprovavam o governo Bush e, um ano depois, mais de 60% dos americanos reprovavam o mesmo governo, abrindo caminho para o candidato democrata.

A frase virou um “snowclone” (algo que passa a ser usado em vários contextos diferentes e, mesmo assim, é reconhecido de imediato). Portanto, pode ser aplicada ao caso brasileiro, e da mesma forma – não somente no aspecto da economia, mas no da política.

A razão contida no snowclone guarda, também, um aspecto de sincronicidade importante e até aqui não abordado.

Este artigo talvez sirva de guia para orientar interlocutores catatônicos ante a resiliência do governo Temer, com relação à própria natureza política do fenômeno.

É a economia…

Primeiro, é preciso diferenciar a impopularidade de um governo nas pesquisas de opinião, do comprometimento popular para com as razões que mantém o mesmo governo.

Indivíduos que desprezam a inteligência do povo e desconhecem as razões plurais da democracia, tendem a ignorar essa sutileza.

Os brasileiros já demonstraram seu descontentamento para com a corrupção e os desmandos da burocracia estatal – a ponto das massivas manifestações de rua terem sido determinantes para a condução do impeachment da Presidente Dilma Rousseff e o despejo da entourage de petistas do poder, nas eleições municipais que se seguiram.

Mas, por isso mesmo, o povo está ciente da necessidade de submeter-se a um governo comprometido com a implementação das reformas nos campos econômico, fiscal, trabalhista, previdenciário e político. Reformas amargas, impopulares, porém necessárias. Cujos efeitos econômicos positivos podem ser antevistos, para além da terrível recessão sentida no país, após o desastre do governo Dilma.

Todos os cidadãos que arrimam a família e vivem de forma responsável (a imensa e silenciosa maioria), estão cientes da necessidade de “apertar o cinto”, “enxugar a máquina” e “reduzir os gastos”. Por isso mesmo, não se engajaram e não irão se engajar em aventuras que impliquem no “desvio do barco”, do rumo traçado por um mudo e firme consenso nacional.

É nisto que reside a falta de adesão popular à “malandragem jurídica” encetada contra o governo Temer, a partir da delação hiper premiada dos irmãos açougueiros da JBS – com apoio (para muito além do razoável…), do boquirroto Procurador Geral da República, do soturno Ministro do STF e do barulhento “esquema” de certas mídias – acompanhados dos queimadores de pneus e comensais de mortadela de sempre, patrocinados pelas viúvas do defenestrado governo Dilma.

Assim, a resposta só poderia ser uma: “É a economia”.

É a política…

A estupefação dos estupidificados permanecia na ordem do dia, quando o “traque” em forma de denúncia do Procurador Geral da República, encaminhada à Câmara Federal, foi por esta rejeitada por significativa maioria.

“Como um governo com apenas 5% de apoio na opinião pública poderia garantir tamanha maioria no parlamento?”, perguntavam os elaboradores de factoides e analistas de meias conjunturas, que pululam a mídia jornalística.

A resposta está na reciprocidade – essencial à atividade política.

Pela mesma razão que Lyndon Johnson manteve-se no cargo de presidente dos EUA, após a grande crise ocasionada pelo assassinato de Kennedy, e governou mais um mandato com um congresso em tese hostil, Temer assumiu as rédeas da defesa do seu governo à frente das articulações na Câmara Federal, fazendo uso da POLÍTICA, no seu sentido claro e básico, qual seja: a arte de governar, dirigir uma estrutura de governo, implementar ou influenciar um sistema de poder e relacionar-se com os outros, tendo em vista a obtenção de resultados desejados.

Com efeito, a política é elemento orgânico essencial à vida em sociedade e, como tal, está firmada em um princípio básico que é a lei da reciprocidade.

Ao contrário do que se supõe, é das relações mútuas que surgem as normas sociais. Assim, a semelhança de Temer com Lyndon Jonhnson tem razão de ser, pois tal qual Michel Temer, o democrata texano, embora não parecesse ter um perfil dos mais “populares” para galgar a Presidência da República, possuia um legado de trinta anos de atividade parlamentar intensa, como congressista e senador e, assim, colhia os frutos da recriprocidade cultivada todos esses anos.

Temer, ao contrário de Dilma, sempre foi um político hábil, reconhecido, atencioso, bem educado, afável, cumpridor dos compromissos e bom articulador. Não se trata de um político medíocre mas, sim, de um professor com obra doutrinária e carreira pública funcional reconhecidas. Ainda que não talhado, aparentemente, para assumir um posto de estadista, colhe os frutos de sua atividade bem sucedida de expereiente parlamentar e hábil dirigente partidário.

Assim, ante a estupefação com o resultado na Câmara, a resposta só poderia ser esta: “é a política”.

É a responsabilidade…

As duas frases de efeito, no entanto, compreendem enorme sincronicidade.

Há uma aliança paradoxal da “impopularidade” do governo Temer, com a “oportunidade” deste implementar as reformas necessárias à estabilidade econômica e institucional do Estado brasileiro.

Carl Jung, o grande psicanalista, enxergava sincronicidade em acontecimentos casualmente não relacionados mas significativamente identificados. Daí porque Jung referia-se à sincronicidade como um relação de “coincidências significativas”.

Há de fato, na atual conjuntura brasileira, um “princípio de conexões não causais”, abrangido pelo arquétipo da paternidade responsável – do chefe da família (seja o pai, seja a mãe) que assume a autoridade de “pôr a casa em ordem”.

De fato, estamos diante de um fenômeno coletivo inconsciente, em que o líder assume o encargo de ser duro e antipático para fazer o certo. A hora em que um “Jonh Wayne” aparece no saloon informando aos cidadãos que não pretende ganhar um “concurso de simpatia” mas sim, impor respeito à sua decisão em favor da “ordem”.

É o momento da ruptura do herói com o vínculo da simpatia – aquele momento em que o herói perde o crédito e vê-se desafiado em sua determinação. Essa famosa parábola junguiana é identificada e perfeitamente compreendida pelo inconsciente coletivo, propenso não apenas a admirar a determinação como a apoiar a decisão – por admirar quem assume uma grande responsabilidade.

A mitologia está lotada de paradigmas similares, bem como os livros sagrados. Essa foi a razão para que um grande e arquetípico canalha bíblico, como o Rei David – assumisse a paternidade da glória do reino de Israel, com as bençãos divinas.

Poluída pela baboseira esquerdista e politicamente correta, a ineficaz ciência política atual não mobiliza o instrumental necessário para compreender essa questão. Limita-se a arranhar a superfície dos efeitos conjunturais com invencionices proselitistas ocasionais, sem compreender as causas mais profundas que determinam o comportamento coletivo ante as circunstâncias. Por isso mesmo, “analistas” e “jornalistas” têm sido sistematicamente “surpreendidos” pelo fato.

Como toda sincronicidade, o paradoxo de Temer não se trata de um caso isolado. O fenômeno sincronístico ocorre em várias partes do mundo, aliando indivíduos de conduta “suspeita” e nem um pouco “simpáticos” ou “populares”, com decisões políticas que, embora aparentem impopularidade, contam com o apoio mudo e determinante da maioria.

O fenômeno sincronístico ocorre quase simultaneamente em diferentes lugares do mundo e, por razões diversas, costuma ser politicamente pendular – ora em busca da catarse populista – que conduz a um desastre, ora em busca do resgate dos valores perdidos, da restauração à custa de algum sacrifício.

A impopularidade de Temer é libertadora. O autoriza a implementar as reformas consideradas “impopulares”, porém tidas como necessárias. O padrão é o mesmo que motiva o povo americano a ainda tolerar Trump, o povo inglês a suportar o brexit, o apoio popular à “grande Rússia Cristã” de Putin, o resgate da França cosmopolita de Macron, a limpeza moral filipina de Duterte, e a reforma capitalista chinesa iniciada por Deng Xiaoping. Trata-se do famoso “insight” junguiano, acolhido pelo coletivo.

Essa impopularidade liberta. Permitiu ao governo Temer, em apenas um ano aprovar projetos estruturais importantes para o país, que haviam sido negligenciados pelos últimos 6 presidentes ao longo dos últimos 30 anos.

O governo Temer acelerou a emissão de títulos de domínio das propriedades num ritmo maior que o de todos os antecessores – entregara até a votação da rejeição da denúncia na Câmara Federal mais da metade dos 753.933 títulos que eram previstos até 2018, reduzindo dramaticamente o poder de manipular a insatisfação de assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Temer sepultou definitivamente o imposto sindical obrigatório, atraindo o ódio dos sindicatos. Sancionou a reforma trabalhista. Deu fim à farra com os recursos públicos da Lei Rouanet (que consumiu mais de R$ 15 bilhões do dinheiro suado do contribuinte só nos governos petistas). Com a PEC do Teto de Gastos, limitou consideravelmente a irresponsabilidade fiscal de gestores dos poderes legislativo e judiciário e das unidades da federação. Promoveu a reforma do ensino médio. Disciplinou o regime de concessões e privatizações por meio de medida provisória. Estabeleceu parcerias e investimentos e, agora, avança para a reforma da previdência. Sem alarde, está produzindo profundas mudanças no sistema financeiro, impondo um freio na ganância dos bancos. Poderá ainda, se houver tempo, iniciar a reforma política.

Temer desagradou a gregos e troianos, caiu nas pesquisas, sofreu e sofre impressionante pressão política. Porém, bem ou mal, tem apresentado resultados para além do esperado, e o conjunto da sociedade civil brasileira – a classe média expandida, observa calada e… apoia.

É preciso analisar Michel Temer sob a ótica Popperiana do racionalismo político. “Corrupto” ou não, “golpista” ou “cumpridor de missões”, Temer foi, sobretudo, pragmático. Lida com o que tem disponível. Articula com fisiologistas e blocos partidários. Atende setores empresariais constrói políticas públicas heterodoxas.

Sua resiliência têm feito bem ao país – para desespero das viúvas do triste passado recente – que tudo fazem para obstruir o alcance dos resultados.

Porém, a “apatia” do povo revela que ele está buscando trilhar o rumo certo, o da responsabilidade. Daí porque a voz rouca das ruas continua silente.

Daí a terceira resposta: “é a responsabilidade”.

 

afpp18Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e das Comissões de Política Criminal e Infraestrutura da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/SP. É Vice-Presidente da Associação Paulista de imprensa – API, Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.

 

 

 

 

 

Tags: "é a economia idiota!"arquétiposgoverno TemerMichel Temerparábola do heróiPolítica brasileiraresponsabilidade políticaSincronicidade
Previous Post

Bilionário norueguês constrói iate para eliminar plástico dos mares

Next Post

VENEZUELA É UMA REPUBLIQUETA NARCO TERRORISTA

Next Post
VENEZUELA É UMA REPUBLIQUETA NARCO TERRORISTA

VENEZUELA É UMA REPUBLIQUETA NARCO TERRORISTA

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
O QUE É MELHOR PROTEGER: GRANDES FLORESTAS OU VÁRIOS FRAGMENTOS? NOVO ESTUDO REACENDE POLÊMICA

O QUE É MELHOR PROTEGER: GRANDES FLORESTAS OU VÁRIOS FRAGMENTOS? NOVO ESTUDO REACENDE POLÊMICA

20 de junho de 2025
A FARSA JURÍDICO-POLÍTICA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

A FARSA JURÍDICO-POLÍTICA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

20 de junho de 2025
FIGARO! MAS… CADÊ O FACTOTUM?

FIGARO! MAS… CADÊ O FACTOTUM?

19 de junho de 2025
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre