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O QUE É MELHOR PROTEGER: GRANDES FLORESTAS OU VÁRIOS FRAGMENTOS? NOVO ESTUDO REACENDE POLÊMICA

by Portal Ambiente Legal
20 de junho de 2025
in Clima e Energia, Geral, Sustentabilidade
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O QUE É MELHOR PROTEGER: GRANDES FLORESTAS OU VÁRIOS FRAGMENTOS? NOVO ESTUDO REACENDE POLÊMICA

Na Mata Atlântica, um dos biomas mais desmatados do Brasil, é quase impossível encontrar grandes blocos de floresta. Foto de Zig Koch/Fundação SOS Mata Atlântica

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Por Fernanda Wenzel/Mongabay

  • Desde a década de 1970, o debate sobre quais áreas abrigam maior biodiversidade divide a comunidade científica; para alguns pesquisadores, um conjunto de vários pequenos fragmentos é tão importante quanto um grande bloco de floresta.
  • Um artigo publicado em março na revista Nature reacendeu o debate e reforçou a tese de que grandes blocos verdes são mais importantes para a conservação das espécies.

O que abriga maior biodiversidade de espécies? Uma grande área contínua de floresta ou uma área verde do mesmo tamanho, porém dividida em vários pequenos fragmentos? A polêmica divide a comunidade científica há mais de cinquenta anos e ganhou um novo capítulo com um artigo liderado por um brasileiro e publicado em março na revista Nature.

“É um debate que começou na década de 1970, quando os pesquisadores passaram a discutir qual seria a melhor maneira de desenhar as unidades de conservação de forma a proteger a biodiversidade”, explica Thiago Gonçalves-Souza, biólogo e pesquisador da Universidade de Michigan, que assina o estudo ao lado de outros 26 pesquisadores de oito países.

Para alguns cientistas, uma região com muitos pequenos fragmentos de mata poderia ser tão ou mais rica em espécies do que um grande bloco florestal. Isso porque cada um destes fragmentos teria características únicas, favorecendo o desenvolvimento de espécies diferentes em cada um deles. Somando todos estes fragmentos, o saldo final seria mais positivo do que aquele encontrado em uma grande área verde contínua.

“Quem defende essa tese diz que, mesmo que a gente perca espécies em uma escala local, o aumento da heterogeneidade entre diferentes fragmentos iria aumentar a biodiversidade naquela região como um todo”, explica Gonçalves-Souza.

Seu estudo, no entanto, reforça a hipótese de que a conservação de grandes blocos de floresta é, sim, mais eficiente para proteger a biodiversidade. Gonçalves-Souza e os colegas analisaram dados colhidos por outros 37 estudos em paisagens espalhadas por seis continentes. Para cada uma delas, compararam a diversidade de espécies encontrada em grandes blocos de floresta com aquela de pequenos fragmentos florestais da mesma região.

A conclusão é que a diversidade de espécies em áreas fragmentadas é 12% menor do que em grandes extensões florestais, mesmo quando olhamos para o conjunto de fragmentos. “Mostramos que a perda na escala local é tão grande que o aumento da diferença de biodiversidade entre os fragmentos não compensa essa perda”, disse Gonçalves-Souza à Mongabay. “A biodiversidade da paisagem como um todo também é reduzida, e isso é super relevante”.

O artigo foi contestado pela canadense Lenore Fahrig, uma das principais defensoras da ideia de que pequenos fragmentos florestais são tão importantes quanto os grandes blocos de floresta. Em email enviado à Mongabay, Fahrig questiona a metodologia utilizada pelo brasileiro, e afirma que “seus resultados poderiam ser usados erroneamente para sugerir que remanescentes pequenos têm baixo valor para a conservação da biodiversidade, levando à falta de proteção de remanescentes menores”.

Grandes felinos como as onças-pintadas precisam de grandes áreas para caçarem e se reproduzirem. Foto: Steve Winter/Panthera

Quem defende a tese do “quanto maior, melhor” argumenta que certos animais, como os grandes felinos, precisam de vastos territórios para caçar e se reproduzir. À medida que a área verde vai encolhendo, sua população diminui e surgem espécies mais versáteis, como roedrores e gambás.

“Uma onça-pintada precisa de milhares de hectares para ter uma família, e é preciso ter algumas famílias de onças para não ficar cruzando parente com parente”, afirma Luís Fernando Guedes Pinto, diretor executivo da SOS Mata Atlântica, ONG que trabalha para proteger um dos biomas mais desmatados do Brasil. “Para isso, são necessários milhares de hectares, o que é muito raro de encontrar na Mata Atlântica”.

Explorada de maneira predatória desde a chegada dos portugueses, no século 16, a Mata Atlântica é um dos biomas mais biodiversos do mundo e já cobriu 130 milhões de hectares em 17 estados brasileiros. Hoje, restam apenas 24% da cobertura original, e 97% desta mata está em pequenos fragmentos isolados, de no máximo 50 hectares.

“A floresta foi sendo derrubada e fragmentada. Restaram áreas maiores apenas em regiões de baixa aptidão agrícola, como a Serra do Mar, na parte que vai do Paraná até São Paulo e Rio de Janeiro”, explica Pinto.

Estas ilhas de floresta também estão mais suscetíveis à degradação, já que os trechos de vegetação que fazem limite com estradas, cidades ou plantações está mais sujeita a invasões, ao fogo ea mudanças de temperatura e umidade. “Essa região de borda não serve de habitat para as espécies mais exigentes ecologicamente”, diz Pinto.

Entender quais áreas concentram maior biodiversidade é importante para que gestores públicos saibam onde concentrar os parcos recursos de conservação. Mas para Lucas Ferrante, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), não é possível reduzir esta discussão ao tamanho da área a ser conservada.

“Acho minimalista defender uma única área grande ou várias pequenas como um modelo ideal para conservação,” ele disse à Mongabay. “O que que a gente pretende ao criar uma unidade de conservação? É frear o desmatamento da Amazônia? Neste caso, colocar unidades de conservação grandes em pontos estratégicos é a melhor opção”, exemplifica Ferrante. “Se é proteger espécies ameaçadas de extinção, eu tenho que olhar onde essas espécies estão na paisagem. Eu tenho muitas espécies endêmicas no Brasil que estão somente em pequenos fragmentos florestais”, explica.

“Não é que os fragmentos não importam”, concorda Gonçalves-Souza, que defende o investimentos em projetos de restauração em biomas como a Mata Atlântica — em 2024, pela primeira vez, a área regenerada no bioma foi maior do que a área desmatada. “Se a gente não recuperar o que ainda existe, a perda da biodiversidade vai ser muito mais drástica”.

Fonte: Mongabay Brasil
Publicação Ambiente Legal, 19/06/2025
Edição: Ana Alves Alencar

As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.

Tags: fauna e floraFragmentos florestaisMeio Ambientepreservação de florestassustentabilidade
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