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Home Geral

PORQUE A ÁGUA DO SISTEMA CANTAREIRA VAI ACABAR EM NOVEMBRO

by Portal Ambiente Legal
1 de outubro de 2014
in Geral, Justiça e Política
2
VOLUME MORTO, LEMBRANÇAS VIVAS
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Escassez de água não foi obra do acaso

pnsh9

 

Por Edson Domingues

Não é obra do acaso que o paulistano esteja vivendo escassez de água. Culpar a estiagem e a falta de chuva não cabe mais como argumento para tamanho descaso com o maior aglomerado urbano do País.

A previsão anunciada do fim do volume morto em meados de novembro é catastrófica. Mais estarrecedor é o modelo imposto pela gestão tucana.

Estamos diante das consequências do modelo da gestão Alckmin, que transformou água em mercadoria.

Uma dos fatores da conversão da água em commodities é a flexibilização dos mecanismos de controle e investimentos da Sabesp, numa manobra em nome da rentabilidade dos acionistas da companhia. O modelo deficitário de abastecimento não pode ser dissociado do reduzido papel do gestor público decorrente deste verdadeiro processo de privatização da Sabesp.

A vítima maior deste modelo é a cidade de São Paulo, maior cliente da companhia.

bombeamentosabespNa capital, o serviço de água e esgoto é fixado por Lei Municipal de 2009 e validado por contrato entre a prefeitura de São Paulo e a Sabesp. Na época, Kassab era prefeito e Serra, governador.

Na lei, a fiscalização ficou a cargo da Agência Reguladora, ARSESP, que acompanharia os serviços de abastecimento. O compromisso da Sabesp, segundo o contrato, é o fornecimento universal de água e esgotamento sanitário.

A ARSESP recebe para tal função 0,5% do total arrecadado pela Sabesp da conta de água da dona de casa.

Com a lógica de geração de lucro para os acionistas, as sanções da ARSESP quanto às obrigações da Sabesp são irrisórias.

Como verdadeiro biombo entre sociedade e Sabesp, a ARSESP é mera observadora mediante do caos que se avizinha. A agência é composta de dirigentes indicados pelo governador e ratificados pela Assembleia Legislativa.

Entre 2008 e 2013, a Sabesp torrou R$ 1,5 bilhão apenas em estudos para redução de perdas no sistema de distribuição, sem alcançar as metas fixadas pela ARSESP, assistindo a escassez hídrica de modo non sense.

No contrato ainda está previsto 13% da arrecadação em investimentos da Sabesp na capital. Entre os investimentos estão reparação da rede, expansão, redução de perdas, dentre outros. Outros 7,5% do montante arrecadado pela Sabesp são destinados ao Fundo Municipal de Saneamento.

Os recursos do fundo financiam o saneamento integrado, como urbanização de favelas, remoção de população em área de risco, regularização fundiária e drenagem, ampliando assim as melhorias das condições socioambientais no entorno dos mananciais.

A fatia mais suculenta da arrecadação vai direto para os acionistas da Sabesp. No ano de 2013, foram R$ 534 milhões em dividendos.seca-gota-torneira-2

Baixa oferta de água e o deficitário tratamento de esgoto são resultados desta conta.

Distorcido, o contrato deixou a fiscalização e controle das ações sob a leniência da Agência Reguladora.

Descolada da sociedade e debruçada sob a burocracia de seus nomeados, a ARSESP pouco contribuiu para tirar São Paulo do risco de desabastecimento.

A cidade de São Paulo, principal cliente da Sabesp, e sem controle de fiscalização sobre a atuação da empresa, prepara-se para reagir à trapaça de 2009.

Campinas, Guarulhos e Santo André já atuam na gestão e controle do abastecimento de água. Nestas cidades água é concebida como bem difuso e coletivo.

A cidade de São Paulo precisa redefinir seu papel e impor autonomia diante das irresponsabilidades da Sabesp e ARSESP.

Hoje, a gestão do abastecimento está nas mãos dos acionistas. Retomar das mãos do município tamanha responsabilidade é bom motivo para se repensar o fornecimento de água nas torneiras dos paulistanos.

 

Edson Domingues

 

Edson Domingues, 46 anos, escritor, ambientalista e autor de projetos de sustentabilidade na periferia de São Paulo. Graduado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, FESPSP.

 

 

.

Tags: ARSESPcrise abastecimento de águaEdson Dominguesfalta d'águaGoverno Alckminrecursos hídricosSABESP
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Comments 2

  1. urias oliveira says:
    11 anos ago

    A falta d Água é falta de gestão do governador de São Paulo.

    Responder
  2. Joyce Hippertt says:
    11 anos ago

    A seca em São Paulo e outros estados têm a ver com a Floresta Amazônica. “O chão foi o destino de 20% das árvores da Floresta Amazônica original. Que isso vem acontecendo há anos, todos sabem. O que você provavelmente não sabe é que esse crime ambiental tem a ver com a falta d’água na maior cidade da América Latina. É que a Amazônia bombeia para a atmosfera a umidade que vai se transformar em chuva nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Quanto maior o desmatamento, menos umidade e, portanto, menos chuva. E sem chuva, os reservatórios ficam vazios e as torneiras, secas…”

    Responder

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