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UM OLHO NA SAUDADE, OUTRO NO FUTURO…

by Portal Ambiente Legal
7 de outubro de 2015
in Ambiente Livre, Geral
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UM OLHO NA SAUDADE, OUTRO NO FUTURO…
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belémdopará50
Belém do Pará, anos 50

 

Por Miguel Lisboa Cohen

 

Não pode ser apenas saudosismo. A riqueza da moça esbelta, rosto lindo, elegância refinada e muitos olhos a seguindo por todo o universo, sintetizam a necessidade que os rapazes deviam ter de serem altamente criativos, para desvendar o que as roupas longas e conservadoras cobriam da essência linda de uma mulher.

A música possui altíssima capacidade de emocionar, unir pessoas e corações, remeter pensamentos a épocas, lugares, ocasiões, seres e tudo o mais.

Como era e não é mais ?

Juntar uma linda mulher, um guapo rapaz, num lugar romântico, ocasião especial, com fundo musical – talvez popular mas inesquecível. Levava à união dos corpos, rostos colados, murmúrios de um no ouvido do outro e momentos inesquecíveis. Alí se definia muitas vezes a existência de um amor eterno, divisão de sonhos, criação de grandes expectativas e roteiro para mais tarde. Feitos na carne, mas certamente com a força de um gostar imensamente do outro, a chegada de um filho ou filha.

O cuidado na escolha era fortalecido pela rota do olhar nos olhos, tocar e depois segurar as mãos, um cineminha numa tarde de domingo, a tal festinha com o fundo musical e tudo o mais que viria depois- no tempo e lugares certos.

Sem qualquer resistência ao fato de que o tempo não perdoa e realmente produz mudanças inevitáveis, quem viveu uma outra realidade tem condições de comparar… e a comparação traz saudades de Belém do Pará.

Isso não é tudo. O grupo de amigos em suas bicicletas, saindo de suas casas domingo pela manhã e juntos indo para os lugares mais ermos, longe dos centros urbanos e residenciais – passando o dia se divertindo, sentando e tomando umas cervejinhas em bares de periferia, olhando para outras pessoas tão boas quanto as boas que usualmente conheciam e se relacionavam, nos chamados bairros centrais.

O fato era que na bela capital, onde as mangueiras davam mangas de todos os tipos, em todas as ruas, havia muitos pobres. Pobres mesmo. Mas a lembrança não relaciona, entre eles, miseráveis. Nem o sentimento de revolta contra aquêles que supostamente tinham mais que êles. Eram pessoas boas, ternas, trabalhadoras. Em ofícios dignos, formal ou informalmente. E os ciclistas, muitas vezes, acabavam indo com um à sua casa, e a casa era pobre, digna, com família e muitos sonhos.

O temor do que aconteceria nos próximos anos, era sensação ausente. O mundo tinha seus momentos de maldade e lideranças os incompetentes, violentos ditadores e tudo o mais. Mas cada um sonhava e sonhava muito. Do onde vou estar e que vou ser, ao que meus filhos tem direito de ser e serão.

Vivemos hoje e não ontem, mas não se pode evitar de dizer que essa explosão populacional, forçando uma inversão dramática na distribuição entre os do campo (hoje 25 % contra 70 % há 50 anos) versus os das cidades (hoje 75% contra 30 % idem) é um caos.

São Paulo tem mais de 6000 favelas, e uma nova se mostra num período de tempo muito curto, expresso em número de dias e não de meses. Mas Belém, hoje, da mesma forma possui um cenário que não é muito diferente.

E as pessoas temem as outras pessoas. Todos estão apressados e cada um quer estar na frente do outro. Na junção do homem e da mulher, os relacionamentos se quebram sem qualquer dificuldade, seja por erro de escolha seja por idiossincrasias enfermas, incuráveis.

O pobre não é pobre. É miserável e se esconde. O ter uma casa já o tira dessa classificação. Não importa se é apenas um quarto e sala. É que êle não é mais tipo E e F, na rígida classificação burocrática de pessoas burocratizadas –  talvez um D ou até mesmo um C. Horrível, não ?

E o medo terrível que pessoas estão tendo das outras! Um garoto de no máximo 6 anos se coloca à frente do teu carro e começa a jogar bolinhas para depois vir até o mesmo e pedir uma moeda. E todos ou quase todos mantém os vidros fechados e morrem de mêdo do assalto que pode estar sendo planejado.

Agora, o que realmente choca, é o desprezo pelas coisas belas que as músicas antigas e lindas representam e mostram.

Os carros que têm suas janelas abertas,  emitem um som que se mistura com o ar  poluído, em nível altíssimo. Espalha apenas ruído, nada mais. Poesia ? Nem pensar! Relato de um amor ? Jamais!

Batidas fortes e imutáveis ensurdecendo espaços e pessoas. E alguém pode imaginar um casal dançando agarradinho com rostos colados, ele ou ela murmurando no ouvido do outro: “Tú és tudo para mim. Eu te amo. Eu te quero e espero que nunca esqueçamos este lugar e esta canção”? Talvez, no máximo, um  “gata, quer ficar comigo hoje?”…

E as reportagens de lugares? Vulcões que perderam a neve que tiveram por milênios. Relatos de como o ar está ficando irrespirável e vai piorar ainda mais e muito rápido. Que talvez tenhamos que mudar para Marte ou Jupiter, porque nossa amada terra em x anos não vai ser habitável. E olhar a Deborah, um bebê em seus 20 meses de vida – certamente alheia a tudo isso… Olhar e dizer para o seu coração: “o que será que a espera?”

Não dá pra imaginar um remédio. Nossa estupidez produziu isso tudo. Dá para sonhar e pensar que o Amor acabará por retornar. Se isso acontecer, homens e mulheres ficarão melhores e os problemas menores.

-Miguel Cohen
Miguel Lisboa Cohen  é advogado formado pela Universidade Federal do Pará. Pós-graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e pela Harvard Business School – EUA.  Foi CEO do Citibank em Honduras e El Salvador e Presidente do Banco de Honduras, Digibanco, Credicard e da American Express Brasil. Atualmente é CEO da Consultoria Moderna. Miguel é cronista colaborador do Portal Ambiente Legal

 

Miguel Cohen <cohen.miguel@uol.com.br>
14 de set

.

Tags: ArtigosBelém do ParáCrônica reflexivaCrônicas do ParáMiguel CohenMiguel Lisboa Cohenoutro no futuroUm Olho na Saudade
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