Cerca de 55 milhões de pessoas perdem a vida devido ao problema em todo o mundo; mais de 75% da população pode sofrer com problema nas próximas décadas; degradação da terra, dos espaços naturais e da biodiversidade aumentam apreensão internacional.
Este 17 de junho é o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca. De acordo com as Nações Unidas, o número e a duração do tipo de eventos subiram 29% desde o início deste século.
Esforços internacionais
A data pretende aumentar a consciência pública sobre os esforços internacionais para combater a desertificação.
Três elementos foram identificados para neutralizar a degradação da terra: a resolução de problemas, o forte envolvimento da comunidade e a cooperação internacional em todos os níveis.
Sem uma intervenção nesse sentido, prevê-se que até 2050 as secas possam afetar mais de três quartos da população mundial.
A degradação progressiva deixa a terra improdutiva, os espaços naturais se deterioram e se transformam.
Pandemia
Para a ONU, outras questões preocupantes são o aumento das emissões de gases de efeito estufa e a baixa da biodiversidade. Estas realidades reduzem os espaços de vida selvagem para abrandar zoonoses, como a Covid-19.
A situação torna mais difícil proteger populações de eventos climáticos extremos como secas, inundações e tempestades de areia e poeira.
Em 2014, entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação. O acordo vinculativo prevê que a comunidade global trate a terra como um capital natural limitado e precioso.
Escassez
A organização recomenda que os países priorizem a saúde durante a recuperação da pandemia e se esforcem para restaurar a terra na Década das Nações Unidas sobre Restauração de Ecossistemas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou sobre o aumento de pessoas vivendo em áreas com escassez extrema de água, incluindo cerca de um quarto de crianças até 2040.
Estima-se que entre 1900 e 2019, as secas tiveram impacto em 2,7 bilhões de pessoas no mundo. O total de mortes durante o período chegou a 11,7 milhões, destaca a ONU.
Fonte: ONU News
Espanha será o palco do Dia Mundial do Combate à Desertificação e à Seca, no dia 17 de Junho. O anúncio foi feito pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). A celebração global do evento, que terá lugar em Madrid, centrar-se-á na urgência de adoptar políticas e medidas à escala local, regional e global para evitar os piores efeitos da desertificação. O tema escolhido este ano é “Superar a Seca Juntos”.
Evento do Dia de Combate à Desertificação e à Seca em Madrid – Sexta-feira, 17 de junho de 2022, 11:00-14:00 h (CEST) /09:00-12:00 (GMT/UTC)
Link do Webcast: https://bit.ly/3Nw1Wgt – Transmissão pelo Twitter e Facebook: @unccd
Sem seca: líderes globais pedem ação urgente para aumentar a resiliência à seca
–Dia da Desertificação e Seca assinalado em Espanha e no mundo
-Três em cada quatro pessoas podem ser afetadas pela seca até 2050
-Campanha global pede ação agora para garantir que nenhum país se torne Terra da Seca
-Países e comunidades em todo o mundo são pioneiros em soluções para aumentar a resiliência à seca
Bonn/Madrid, 17 de junho de 2022 – Diante dos crescentes impactos da seca exacerbados pela degradação da terra e mudanças climáticas, países e comunidades devem agir agora para construir resiliência à seca, os líderes globais pediram hoje em um evento de alto nível para marcar a Desertificação e Dia da Seca em Madrid, Espanha.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse: “As secas em todas as regiões estão ficando mais frequentes e ferozes. O bem-estar de centenas de milhões de pessoas está sendo comprometido por crescentes tempestades de areia, incêndios florestais, quebras de safra, deslocamentos e conflitos. As alterações climáticas têm muita responsabilidade, mas também a forma como gerimos a nossa terra. Cuidar de nossa terra e sua biodiversidade pode ajudar a enfrentar a crise climática e ajudar a alcançar todos os nossos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Vamos agir agora para tornar nosso futuro à prova de seca.”
A resiliência à seca é o foco da celebração global deste ano organizada pela Espanha e liderada pela Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD), com eventos comemorativos ocorrendo em todo o mundo.
Ibrahim Thiaw, Secretário Executivo da UNCCD, disse : “Nenhuma nação – rica ou pobre – está imune à seca, e todos os países podem tomar medidas para evitar os impactos devastadores das secas na vida e nos meios de subsistência das pessoas. Embora tenhamos feito algum progresso, não é suficiente. A seca é um perigo natural, mas não precisa ser um desastre. Apelamos a todos os países para que façam da observância global deste ano um momento crucial, onde nos comprometemos a trabalhar juntos para restaurar nossas terras, proteger os recursos naturais e aumentar a resiliência das comunidades à seca para garantir que nenhum país se torne Terra da Seca”.
Fonte: UNCCD https://www.unccd.int/
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Publicação Ambiente Legal, 17/06/22
Edição: Ana Alves Alencar
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