A nova gestão das organizações para a competitividade na economia verde
Por Aurélio Barbato
O interesse demonstrado ao longo dos últimos anos, com as questões mais abrangentes e amplas do planeta, e a consequente preocupação com a necessidade de novos direcionamentos, tem sensibilizado organizações e alterado de forma evidente as atividades de gestão.
O número de empresas que está investindo espontaneamente seus recursos, em iniciativas relativas aos objetivos de sustentabilidade, vem aumentando consideravelmente em todo o planeta. Isso ocorre em função da competitividade crescente, estimulada pela globalização.
A multiplicidade de seminários, palestras, eventos e cursos relacionados ao tema, bem como a promoção de metas e novas práticas, vêm sendo gradualmente implantadas nas organizações, mundo afora. Há de fato incorporação de novos conhecimentos e procedimentos, tudo em função da competitividade.
A evolução conceitual está atrelada aos objetivos das empresas e organismos de classe, Há um reconhecimento da amplitude do que seja sustentabilidade e de como isso se reflete nas decisões e nos resultados.
Os objetivos empresariais alcançam universo muito mais amplo que o considerado em épocas passadas, quando estavam todos restritos a interesses de sócios e acionistas. Claro que tais interesses são relevantes, mas não são mais os únicos a serem considerados, quando se trata do bom desempenho da organização.
As organizações estão cientes que as decisões e atividades relativas aos seus negócios têm consequências para além da empresa. Refletem-se no meio ambiente e em muitos outros aspectos da sociedade – anteriormente sequer cogitados.
As repercussões vão muito além da exploração do mercado. Condicionam a própria evolução da organização. Atendem ao interesse da sociedade, ainda que não esteja ela diretamente envolvida com a relação empresarial,industrial e comercial.
As empresas, além de gerar qualidade de vida, produzir lucros aos acionistas e impostos aos governos, devem observar a crescente e complexa regulamentação. Sentir os reflexos nas suas atividades. Tudo para preservar a competitividade.
É essencial à gestão empresarial considerar os impactos de suas decisões, sejam eles de curto, médio ou longo prazo, não estritamente mercadológicos, para buscar modos de melhor inserção da atividade no ambiente social.
Impactos diretos e indiretos, afetam entorno, terceiros, e toda a cadeia do ciclo de vida da operação.
Agora nota-se que é esperada a instrumentalização das empresas, e não mais sua sensibilização,para essa nova fase. de progressiva inserção na sociedade, como fator orgãnico.
A consideração e o respeito às partes interessadas, destacam-se como variável importante na estratégia das empresas e na avaliação do seu desempenho, com vistas à sua preservação e continuidade.
Novos procedimentos, delineados por acordos internacionais, respaldados por um número crescente de normas técnicas internacionais e nacionais, amplamente divulgados e acessíveis, constituem ferramentas fundamentais para a consolidação de práticas organizacionais. Eles inserem processo de diagnóstico, planejamento e implantação de atividades e conformidade.
Alguns pontos relevantes dessa nova contextualização:
• As organizações estarão desenvolvendo e implantando gradualmente novas competências para adequarem-se ao ambiente;
• Estarão promovendo sua inserção nesse cenário em evolução, inovando e incorporando novas estratégias e práticas de gestão;
• As partes envolvidas ou partes interessadas demandam novas abordagens de gestão, que deverão doravante incluir sensibilização ampliada;
• Todos devem adequar a gestão do conhecimento e o fluxo de informações, incorporando novos conceitos, práticas e atitudes, condizentes com o ambiente no qual estão sediados ou inseridos.
Aurélio Barbato é Administrador de Empresas e Economista, formado pela Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo, especializado em Economia Sustentável, coordenador de eventos importantes no setor da indústria eletroeletrônica. Publicará regularmente sua coluna no Portal Ambiente Legal
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