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Home Clima e Energia

CRISE CLIMÁTICA: A GEOENGENHARIA PODERÁ SALVAR O PLANETA?

by Portal Ambiente Legal
7 de janeiro de 2025
in Clima e Energia, Edições, Geral
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CRISE CLIMÁTICA: A GEOENGENHARIA PODERÁ SALVAR O PLANETA?

Mudanças climáticas retardam o início do fenômeno La Niña • Fernando Frazão/Agência Brasil

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O uso de técnicas em larga escala poderia alterar o clima, mas será que isso é sensato?

Geoengenharia é o conjunto de propostas tecnológicas em larga escala para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Além dos custos envolvidos, nem todas conseguem garantir que um controle preciso dos resultados será possível. Algumas soluções propostas têm potencial para causar distúrbios ainda maiores na atmosfera.

Grandes vulcões, ao entrar em erupção, podem lançar uma quantidade significativa de cinzas na atmosfera. O material mais fino pode ficar em suspensão durante vários meses ou mesmo alguns anos e acaba por limitar a entrada de luz solar.

Isso pode provocar um resfriamento da Terra até que esse material particulado acabe por cair no solo ou nos oceanos.

Esse é um dos princípios da geoengenharia, que parte da perspectiva de produzir esse tipo de efeito de maneira artificial.

Essa perspectiva surgiu em 1974, quando o cientista Mikhail Budyko, nascido na antiga União Soviética, propôs uma abordagem para resfriar o planeta, caso o aquecimento global se tornasse uma séria ameaça.

A proposta de Budyko era pulverizar a baixa atmosfera, por meio de aviões, com aerossóis de compostos de enxofre que refletiriam a luz solar.

Um experimento sem controle

Há alguns problemas para que propostas desse tipo sejam colocadas em prática. O primeiro deles é o custo, associado à escala de atuação. Uma ação desse tipo deveria assumir uma escala e uma coordenação internacional sem precedentes.

Isso envolveria custos que seriam difíceis de distribuir. Basta ver o que acontece com o financiamento climático. Países ricos, que basearam grande parte de seu desenvolvimento com a emissão de gases de efeito estufa, não querem arcar com os custos desse passivo ambiental.

Entretanto, há uma questão que precede aos custos. Será que isso daria certo? Seria possível controlar seus efeitos? A resposta é não. Embora um trabalho desse tipo pudesse, virtualmente, gerar os resultados pretendidos, isso não significa que os efeitos seriam distribuídos conforme as necessidades de cada região.

O aquecimento dos continentes e oceanos não se distribui de maneira homogênea. Há locais onde esse aquecimento é mais intenso do que em outros. Isso depende do fluxo das correntes oceânicas e dos ventos. Embora uma nuvem de aerossol possa ser dispersa em uma área específica, os ventos se encarregariam de espalhar isso para outras regiões.

Essa distribuição não seria necessariamente homogênea. Em alguns locais, ou continentes, essa concentração poderia ser maior. Em resumo, ao invés de solucionar o problema do aquecimento, uma ação desse tipo poderia criar distúrbios climáticos ainda mais intensos.

Monte Tambora

O ano de 1816 passou a ser conhecido como o ano sem verão na Europa e nos Estados Unidos devido às cinzas lançadas na alta atmosfera pelo monte Tambora, na Indonésia.

A produção agrícola foi prejudicada e um frio intenso se espalhou, mesmo no verão. Isso foi comprovado por um estudo científico publicado na “Environmental Research Letters” — Disentangling the causes of the 1816 European year without a summer.

Essa erupção lançou uma enorme quantidade de SO2 na alta atmosfera, algo similar ao que seria proposto por Mikhail Budyko em meados dos anos 1970. Com o tempo, esse material foi precipitando e o efeito deixou de existir.

Recongelar o Ártico

O Ártico é formado pela água do mar congelada. Com a elevação da temperatura global, essa camada de gelo diminui em extensão e espessura. Tem-se um ciclo vicioso, pois a perda de gelo marinho agrava o aquecimento global: o gelo reflete a energia solar, mas seu derretimento expõe o oceano escuro, que absorve mais calor, intensificando o ciclo de aquecimento e acelerando o derretimento do gelo remanescente.

Um experimento, conduzido pela startup Real Ice, está em execução no Ártico canadense e consiste em bombear água do mar até a superfície congelada e assim aumentar a espessura da camada de gelo.

Esse projeto utiliza a mesma matéria-prima e do mesmo local que compõe o gelo do Ártico.

Como fonte de energia, a Real Ice utiliza hidrogênio verde. Aqui não se trata de mudar o clima globalmente, como na proposta de Mikhail Budyko (e de outras similares), mas atenuar — ainda que parcialmente — o derretimento do gelo do Ártico.

Mantas térmicas

Há propostas para cobrir áreas críticas da Groenlândia com mantas térmicas. A proposta é evitar que o degelo se intensifique ao refletir a luz solar e diminuir a absorção de calor. Essa ideia já foi testada com sucesso em geleiras alpinas.

É uma proposta que pode resolver localmente o problema do degelo acentuado de algumas geleiras, embora envolva custos elevados de manutenção. As geleiras estão sempre em movimento e essa cobertura precisaria de uma manutenção e reposicionamento constantes.

É uma solução?

Embora algumas propostas não consigam garantir um controle dos resultados, a geoengenharia não deve ser descartada como uma das soluções para a crise climática.

Ela pode ser usada para mitigar problemas locais ou regionais, sempre avaliando todas as possibilidades de erro e perda de controle.

Entretanto, diante da complexidade dos sistemas naturais, essa avaliação nem sempre isso é possível em larga escala.

Fonte: CNN Brasil
Publicação Ambiente Legal, 07/01/2025
Edição: Ana Alves Alencar

As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.

Tags: crise climáticageoengenhariaMeio Ambientemudanças climáticas
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