Publicação traz relatos e informações coletadas durante anos por quem convive com o bicho nas matas e campos e dedica sua vida a trabalhar com o maior felino das Américas
A editora Avis Brasilis acaba de lançar o livro “Panthera Onca – À sombra das florestas”, uma produção conjunta do analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Rogério Cunha de Paula, da jornalista da TV Cultura, Laís Duarte, do coordenador do Projeto Onçafari, Mario Haberfeld, e do fotógrafo Adriano Gambarini.
Com mais de 300 páginas, o livro traz relatos e informações coletadas durante anos por quem convive com o bicho nas matas e campos e dedica sua vida a trabalhar com o felino. Nas 300 imagens, há registros íntimos do animal, na hora da caça, do sono, do cuidado com os filhotes ou da refeição.
A obra apresenta um levantamento da presença das onças em nossa cultura, nossas artes, na moda e no dinheiro. Retrata, também, a caça desenfreada que colocou a espécie na lista dos animais ameaçados de extinção e as alternativas dos pesquisadores para preservar o que resta do terceiro maior felino do planeta.
Segundo os autores, onças-pintadas encantam a humanidade há milênios. Foi observando seu movimento preciso, calculado, que os primeiros homens aprenderam a caçar no continente americano. Para muitos povos elas viraram mais do que professoras, mas divindades, símbolos de força, de poder.
No Brasil, lembram os autores, índios penduram seus dentes em colares, mutilam o próprio rosto para se “transformarem” no bicho. No México, vestem sua pele e sua cabeça como adornos para encarnar o ser onça. Uma infinidade de lendas e causos cortam as terras por onde as pintadas vivem ou já viveram. Correm à boca miúda entre povos indígenas, ribeirinhos, comunidades andinas e nas páginas de livros.
Não é à toa. As onças são animais capazes de não se cansar, de enxergar na escuridão, de escalar árvores muito altas, atravessar rios, dizem os autores de Panthera Onca – À sombra das florestas. Eles citam, inclusive, uma curiosidade que pouca gente sabe: toda onça, mesmo as pardas, nascem pintadas. Por baixo do pelo as pintas permanecem tatuadas na pele do maior felino das Américas.
A publicação tem o apoio do Ministério da Cultura, por meio de Lei de Incentivo à Cultura e patrocínio da Tetra Pak. O analista ambiental Rogério Cunha de Paula é, também, chefe substituto do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), gerido pelo ICMBio e com sede em Atibaia (SP).
Serviço:
Livro: Panthera Onca – À sombra das florestas
Autores: Laís Duarte, Mario Haberfeld e Rogério Cunha e Adriano Gambarini
Editora: Editora Avis Brasilis (www.avisbrasilis.com.br)
Páginas: 304
Imagens: 300
Divisão de Comunicação Social – DCOM
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio
Ministério do Meio Ambiente