Bisfenol-A totalmente proibido na fabricação de recipientes plásticos
para bebês e crianças!
No início de 2013, a revista Ambiente Legal publicou artigo sobre os riscos dos recipientes plásticos à saúde dos seres humanos além dos já conhecidos ao meio ambiente . Veja em : https://www.ambientelegal.com.br/recipientes-plasticos-trazem-risco-a-saude/ .
Conforme informado na matéria, o grande vilão presente nos produtos plásticos é o Bisfenol-A, um composto químico que serve para fabricação de plásticos rígidos e transparentes. Ele está presente em recipientes de alimentos e bebidas, como mamadeiras, embalagens plásticas e copos infantis. Também pode ser encontrado no revestimento interno de enlatados, garrafas reutilizáveis de água (do tipo squeeze), garrafões de água mineral e em produtos plásticos reciclados.
No Brasil, o Bisfenol-A tem uso limitado de 0,6 mg para cada quilo de embalagem e, assim como na Europa, seu uso é proibido na fabricação de mamadeiras mas, sem um controle rígido.
Agora, de acordo com a nova regra de certificação, publicada no início de novembro (2014), pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – está totalmente proibida a utilização de qualquer dosagem do Bisfenol-A na fabricação de mamadeiras. Todos os fabricantes terão seus produtos analisados por testes do InMetro para verificar a presença ou não do composto químico.
O prazo para que os fabricantes interrompam o uso deste produto tóxico, vai até novembro de 2015, e os produtos que já estão no mercado serão retirados de acordo com a sua data de validade, que vai de um a um ano e meio.
Embora ainda não haja consenso entre cientistas e fabricantes de produtos plástico sobre a recomendação do uso do Bisfenol-A, diversos estudos têm comprovado os efeitos nocivos da exposição à substância como:
• Alterações no desenvolvimento da próstata e da glândula mamária;
• Hiperplasia intraductal e lesões pré-neoplásicas da glândula mamária na idade adulta;
• Alterações no útero e ovário;
• Alterações ligadas ao dimorfismo sexual no adulto;
• Alterações de comportamento, como hiperatividade e aumento de agressividade;
• Alterações no comportamento sexual;
• Aumento da susceptibilidade ao vício de drogas.
O BPA (Bisfenol-A) é um desregulador endócrino, que funciona como um hormônio e promove alterações no comportamento, do crescimento infantil e maturação sexual precoce, além de ser cancerígeno.
Esses estudos detectaram que o produto tóxico age principalmente em fetos, bebês, crianças, mulheres grávidas e em adultos, onde está sendo associado com doença cardiovascular, diabetes, obesidade e disfunção hepática.
Enfim, um produto que tem essas características tem que ser totalmente banido na fabricação de produtos, principalmente de recipientes para alimentos.
Em relação aos brinquedos plásticos, a certificação pelo InMetro será mais rigorosa e já está em andamento uma consulta pública para atualizar as normas, já que a última foi realizada em 2007.
O InMetro informou que periodicamente faz análises em brinquedos plásticos, não apenas para verificar a quantidade permitida do Bisfenol-A, como também, verificar o uso de outros compostos químicos que são usados como colorantes e que dão maleabilidade aos produtos. Os itens que passam por essas análises são os destinados à crianças na fase de mordedura, que hoje estão entre 50 a 100 tipos diferentes de produtos
Quando se trata de recipientes para alimentos, principalmente destinados a bebês e crianças, não podemos arriscar. Nesse caso, com criança não se brinca !