Revista Ambiente Legal - Edição 11 - page 7

Revista Ambiente Legal
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AL:
Parece-nos que o mer-
cado de descaracterização de
veículos no Brasil ainda é muito
embrionário. Procede?
UDO:
Procede. Infelizmente,
por conta da complexidade do
tema, sai governo, entra gover-
no e o assunto pouco avança.
AL:
Em sua opinião, em que
estágio estamos em relação à
Europa e Estados Unidos?
UDO:
No século passado.
AL:
Quantos carros são
descaracterizados no Brasil,
por ano?
UDO:
Não creio que alguém
tenha esta informação em nú-
meros.
Primeiramente a descaracte-
rização pode ser oficial ou não,
através do vulgarmente chama-
do desmanche.
Arriscaria o palpite que a
quantidade de carros rouba-
dos e desmanchados é maior
que os carros descaracteriza-
dos de forma minimamente
correta e legal.
AL:
Quem está à frente nes-
se mercado, os Estados Unidos
ou Europa?
UDO:
Creio que a Europa está
a frente se considerarmos o as-
pecto da reciclagem de peças. O
reaproveitamento de peças de
carros em fim de vida é maior
na Europa.
AL:
A supremacia do merca-
do mais desenvolvido se dá por
conta da quantidade de carros
descaracterizados ou por conta
da metodologia?
UDO:
Existe na verdade um
círculo virtuoso. Quanto mais
carros
são descaracterizados,
maior experiência e desenvolvi-
mento de métodos e tecnologias
temos. Em consequência, tanto
maior é o mercado criado.
Portanto, o resultado da
quantidade de carros descarac-
terizados no primeiro mundo é
maior, por decorrer exatamente
desse círculo.
AL:
Qual é a tecnologia apli-
cada nesse setor, tanto nos Esta-
dos Unidos quanto na Europa?
UDO:
Creio que o aspecto
principal não é a tecnologia,
mas sim a metodologia. Cer-
tamente a tecnologia é vital,
pois no processo de descarac-
terização de carros temos várias
tecnologias envolvidas, desde
logística e tecnologia da infor-
mação, até o processamento e
separação dos diversos mate-
riais e ligas metálicas processa-
das a nível de partículas médias,
passando por uma operação de
descontaminação e desmonte
de partes e peças úteis para o
reaproveitamento.
AL:
Que tipo de máquina
promove mais eficiência nesse
mercado?
UDO:
Creio que poderíamos
apontar um conjunto de má-
quinas, afinal não há metodo-
logia adequada para o tema que
esteja baseado em uma máquina
apenas.
Em se tratando de máqui-
na, possivelmente uma das mais
importantes seja o triturador
primário, que se aplicado de
forma inteligente traz economia
e eficiência ao processo.
Carros apreendidos: poluição ambiental e contaminação
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