Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
sábado 5 de julho de 2025
Portal Ambiente Legal
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre
No Result
View All Result
Portal Ambiente Legal
No Result
View All Result
Home Clima e Energia

COMO TERRAS INDÍGENAS NA AMAZÔNIA PODEM ABSORVER A FUMAÇA DOS INCÊNDIOS E PREVENIR DOENÇAS

by Portal Ambiente Legal
11 de maio de 2023
in Clima e Energia, Destaque, Edições, Geral, Sustentabilidade
0
COMO TERRAS INDÍGENAS NA AMAZÔNIA PODEM ABSORVER A FUMAÇA DOS INCÊNDIOS E PREVENIR DOENÇAS

Incêndio na Amazônia (Foto: Sergio Vale/Governo do Acre)

160
SHARES
2k
VIEWS
EmailFacebookLinkedinTwitter

Por Jenny Gonzales

  • Novo estudo estima que as florestas em Terras Indígenas na Amazônia podem prevenir cerca de 15 milhões de casos de infecções respiratórias e cardiovasculares por ano, absorvendo milhares de toneladas de poluentes emitidos por incêndios florestais.
  • As queimadas, provocadas pelo desmatamento para a abertura de pastagens, liberam uma fumaça nociva que contém aerossol carbonáceo, o principal componente do material particulado fino que entra na corrente sanguínea e pode causar doenças cardíacas e câncer de pulmão.
  • Os impactos dos incêndios florestais na saúde não se restringem apenas às populações próximas; a fumaça pode viajar centenas de quilômetros.
  • Os pesquisadores dizem que as conclusões do estudo demonstram a necessidade de o governo brasileiro retomar as demarcações e políticas públicas dos territórios indígenas.

Um novo estudo publicado na Nature estima que as florestas em Terras Indígenas na Amazônia têm o potencial de absorver mais de 7 mil toneladas de gases nocivos provenientes de incêndios florestais por ano, evitando cerca de 15 milhões de casos de doenças respiratórias e cardiovasculares anualmente – o que custaria US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 milhões) ao sistema público de saúde.

O efeito na saúde da população se soma aos impactos ambientais das queimadas na Floresta Amazônica, que são causadas principalmente pelo desmatamento e contribuem para o aumento das emissões.

O que ainda não se sabia era o nível desses danos, os custos e a capacidade das florestas em Terras Indígenas de absorver os poluentes, disseram os autores do estudo

Incidência de infecções respiratórias e cardiovasculares relacionadas ao fogo em toda a Amazônia com base nos municípios de 2010 a 2019. Espacialmente, o Arco do desmatamento na Amazônia foi a região com as maiores incidências médias de infecções relatadas. Imagem: EcoHealth Alliance.

“O estudo é o primeiro a medir o quanto a perda de florestas tropicais protegidas pelos povos indígenas pode custar à saúde humana”, disse Paula Prist, principal autora do estudo e pesquisadora da EcoHealth Alliance, durante uma entrevista coletiva.

O estudo faz parte de uma pesquisa que aponta para os esforços bem-sucedidos de conservação da floresta e serviços ambientais fornecidos pelos territórios indígenas na Amazônia. As 383 Terras Indígenas amazônicas homologadas pelo Estado foram incluídas no estudo.

Com base em uma análise de dez anos de dados, de 2010 a 2019, os pesquisadores descobriram que a Floresta Amazônica pode absorver 26 mil toneladas de material particulado de pequeno tamanho (PM2,5, ou material particulado com diâmetro menor que 0,0025 mm) liberado por incêndios todos os anos. As Terras Indígenas têm potencial para absorver 27% desses poluentes, apesar de ocuparem 22% da área, que abrange nove estados da Bacia Amazônica.

O PM2,5 penetra nos alvéolos pulmonares e pode passar diretamente pelos pulmões para o sistema sanguíneo. Ele está associado a doenças cardíacas, derrame, enfisema, câncer de pulmão, bronquite, asma e dor no peito, entre outras condições.

O estudo aproxima a capacidade de absorção das áreas de Floresta Amazônica e analisa as taxas teóricas de remoção, que, segundo os pesquisadores, podem estar superestimadas por fatores climáticos. A fumaça real liberada pelos incêndios na floresta tropical é de cerca de 1,68 toneladas de PM2,5 por ano.

Para cada hectare de floresta em chamas, as despesas com o tratamento de doenças associadas variam entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões. Esses casos variam por município. No período do estudo, ocorreram mais de 1,4 milhão de casos de infecções respiratórias e cardiovasculares relacionadas a incêndios florestais em 772 municípios da Amazônia, além de 168.663 casos em territórios indígenas.

Os incêndios são causados principalmente por fazendeiros ilegais, pecuaristas e grileiros que limpam a terra e queimam árvores para abrir caminho para a agricultura ou pecuária.

“As florestas de folhas largas perenes da Amazônia têm entre os maiores fatores de emissão de aerossol carbonáceo preto e orgânico, os principais componentes do material particulado fino”, disse o estudo. “Essa característica da floresta leva a incêndios mais graves que emitem mais aerossóis carbonáceos.”

Urgência nas florestas e Terras Indígenas

Os autores do estudo dizem que as descobertas indicam que a proteção fornecida pelas florestas não atende apenas às comunidades indígenas, mas às populações em áreas rurais e urbanas. Isso geralmente inclui “o outro lado da Amazônia, [como no] Arco do desmatamento, [que] perdeu a maior parte da cobertura florestal para a agroindústria e outras atividades legais e ilegais”. O Arco do Desmatamento é a região responsável por 75% do desmatamento na Amazônia.

Usando dados de satélite de dois sistemas de incêndio da Nasa, os pesquisadores descobriram que a fumaça absorvida pela floresta tropical pode atingir até 500 quilômetros do local do incêndio inicial.

Imagem do sensor VIIRS da região amazônica do Xingu em 8 de setembro de 2020, incluindo os locais das detecções de incêndio ativo do VIIRS. São mostradas frentes de fogo bem desenvolvidas para incêndios ativos no sub-bosque no Xingu e o acúmulo de fumaça no oeste da Amazônia. Imagem do site WorldView da Nasa.

O fogo não é um elemento natural da floresta amazônica, um ambiente úmido mesmo na estação seca de julho a novembro, explica Marcia Macedo, cientista associada do Woodwell Climate Research Center.

“O desmatamento é uma grande fonte de ignição e, quando o fogo é muito intenso, a fumaça sobe alto e pode ser transportada para grandes centros populacionais, como vimos em 2019 na cidade de São Paulo. Eram três horas da tarde [quando oIncidência de infecções respiratórias e cardiovasculares relacionadas ao fogo em toda a Amazônia com base nos municípios de 2010 a 2019. Espacialmente, o Arco do desmatamento na Amazônia foi a região com as maiores incidências médias de infecções relatadas. Imagem: EcoHealth Alliance. céu ficou] escuro por causa das queimadas na Amazônia.”

Houve aumento da perda florestal por incêndios no período estudado, situação que vem se agravando. Após o estudo, entre 2020 e 2022, também houve taxas recordes de desmatamento na região. Em 2022, 49% da área florestal queimada no país estava na Amazônia, totalizando 7,9 milhões de hectares.

“O número de incêndios tem aumentado nos últimos anos”, diz Prist. “E em 2020, as taxas de desmatamento atingiram os níveis mais altos da década na Amazônia.”

Estudos recentes mostraram que as florestas de manejo indígena sofrem menos desmatamento e representam alguns dos sumidouros de carbono remanescentes na Floresta Amazônica. Essas florestas funcionam como um biofiltro para a poluição do ar e melhoram a qualidade do ar devido à textura áspera das folhas e grande área de contato para absorver poluentes.

Incêndio em Humaitá, Amazonas, em agosto de 2022. Foto: Christian Braga / Greenpeace

“Tudo o que temos falado sobre o papel dos povos indígenas no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas tem sido confirmado pelo conhecimento científico. A retirada de toneladas de agentes nocivos da atmosfera, beneficiando a população em geral, demonstra a necessidade de retomar as demarcações e políticas públicas desses territórios”, diz Dinaman Tuxã, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

A ação contra os incêndios na Amazônia precisa começar agora, alerta Prist. “Naquela época, a região se tornou um dos lugares mais poluídos do planeta; o estudo mostra que temos que fazer algo antes do início da próxima estação seca.”

O cientista do clima e co-presidente do Painel de Ciências da Amazônia, Carlos Nobre, diz que o estudo deve servir de inspiração para o governo brasileiro e a comunidade global adotarem medidas urgentes para proteger os territórios indígenas. “Os povos originários chegaram à Amazônia há 12 mil anos e mantiveram a floresta em pé”, diz Nobre. “À medida que nos aproximamos do ponto de inflexão irreversível da Amazônia, ainda estamos fazendo muito pouco para protegê-la.”

Fonte: Mongabay Brasil
Publicação Ambiente Legal, 11/05/2023
Edição: Ana Alves Alencar

As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.

Tags: clima e saúdeemissão de CO2impactos dos incêndios florestais na saúdeincêndios na Amazôniaterritórios indígenas
Previous Post

PROGRAMA SÃO MIGUEL NO AR RECEBE O SECRETÁRIO PINHEIRO PEDRO DA SECLIMA SP

Next Post

PROJETO HORTAS EM REDE/ AGDS NO JORNAL DA RECORD

Next Post
PROJETO HORTAS EM REDE/ AGDS NO JORNAL DA RECORD

PROJETO HORTAS EM REDE/ AGDS NO JORNAL DA RECORD

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Trending
  • Comments
  • Latest
PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

PERIGO NO TRONCO DAS ÁRVORES

24 de abril de 2019
MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

MANUSCRITO JESUÍTA DESCOBERTO NO BRASIL REVELA INCRÍVEL CONHECIMENTO DE ASTRONOMIA

8 de fevereiro de 2023
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

8 de junho de 2020
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

20 de março de 2015
LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

LINHA VERDE – DISQUE DENÚNCIA AMBIENTAL

231
Banco de Remédios  amplia atuação em São Paulo

Banco de Remédios amplia atuação em São Paulo

227
Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

Carro movido a água funciona mas não é permitido no Brasil

170
RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

RECICLAGEM PAGA A CONTA DE LUZ

45
O QUE É MELHOR PROTEGER: GRANDES FLORESTAS OU VÁRIOS FRAGMENTOS? NOVO ESTUDO REACENDE POLÊMICA

O QUE É MELHOR PROTEGER: GRANDES FLORESTAS OU VÁRIOS FRAGMENTOS? NOVO ESTUDO REACENDE POLÊMICA

20 de junho de 2025
A FARSA JURÍDICO-POLÍTICA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

A FARSA JURÍDICO-POLÍTICA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

20 de junho de 2025
FIGARO! MAS… CADÊ O FACTOTUM?

FIGARO! MAS… CADÊ O FACTOTUM?

19 de junho de 2025
EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

EM DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, GUTERRES PEDE TRATADO AMBICIOSO CONTRA PLÁSTICOS

6 de junho de 2025

LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Portal Ambiente Legal é mantido pela AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental. Todos os Direitos Reservados.
Av. da Aclimação, 385 – 6º andar – Aclimação – CEP 01531-001 – São Paulo – SP – Tel./Fax: (5511) 3384-1220

No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Ambiente Livre
  • Clima e Energia
  • Justiça e Política
  • Sustentabilidade
  • TV AmbLeg
  • Sobre