Especialistas disponibilizam informações sobre o ciclo da doença e pedem à mídia – jornais, rádios, TVs e sites de notícias – que ajudem na divulgação correta dos dados
Da redação*
Brasília (15/02/2017) – Representantes da comunidade científica brasileira, ligados à área da conservação dos primatas, expediram nesta quarta-feira (15) nota à imprensa alertando para um desastre ambiental “gravíssimo” que ocorre neste momento: a mortandade sem precedentes na história do país de macacos da Mata Atlântica em função do vírus da febre amarela.
Na nota, os especialistas mostram-se preocupados, não só com a dimensão das mortes de animais, mas, também, com a disseminação de “informações equivocadas”, que dão a entender que os macacos são responsáveis pela “existência do vírus” e “por sua transmissão aos humanos”.
Isso não procede, fazem questão de destacar os estudiosos, que pedem na nota o apoio da imprensa nacional (jornais, rádios, TVs e sites na internet) para a divulgação das informações corretas.
Segundo eles, os macacos, assim como os humanos, não transmitem o vírus. Pelo contrário, são vítimas da doença. Ao serem contaminados, os primatas cumprem a função de “sentinela”, ou seja, alertam para o surgimento da doença. Por isso, em vez de molestados, devem ser preservados.
As “informações equivocadas”, ressaltam os pesquisadores, já estão levando pessoas, principalmente nas áreas rurais onde ocorre o surto, a maltratarem ou, até, matarem macacos para, supostamente, se proteger da febre amarela, como ocorreu entre 2008 e 2009 no Rio Grande do Sul. “Isso não pode se repetir”, diz a nota.
O documento é subscrito por primatólogos, zoólogos, ecólogos, veterinários, epidemiologistas e gestores públicos, membros de conceituadas universidades, sociedades científicas, centros de pesquisa e instituições voltadas para a conservação dos primatas.
Leia na íntegra o documento “Carta à Imprensa”
SERVIÇO:
Para obter mais informações, seguem contatos dos subscritores da nota.
Dr. Carlos R. Ruiz-Miranda
Universidade Estadual Norte Fluminense
Contatos: cruizmiranda@gmail.com; 1-619-386-6535 (EUA)
Dr. Danilo Simonini Teixeira
Presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia
Contatos: simonini.danilo@gmail.com; (61) 98127-5302
Dr. Júlio César Bicca-Marques
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Contatos: jcbicca@pucrs.br
Dr. Leandro Jerusalinsky
Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros, Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Meio Ambiente
Contatos: leandro.jerusalinsky@icmbio.gov.br; (83) 3241-1580
M. Sc. Luis Paulo Ferraz
Secretário Executivo da Associação Mico Leão Dourado
Contato: luispaulo@micoleao.org.br; (22) 2778-2025
M. Sc. Marco Antônio Barreto de Almeida
Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Secretaria Estadual da Saúde, Rio Grande do Sul
Contatos: luispaulo@micoleao.org.br; (51) 98177-4273
Dr. Sergio Lucena Mendes
Universidade Federal do Espírito Santo
Contatos: slmendes1@gmail.com; (27) 99866-8028
*Fonte: Assessoria de Comunicação do ICMBio.
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio
Ministério do Meio Ambiente
EQSW 103/104 Complexo Administrativo, bloco B, térreo. Setor Sudoeste CEP 70670-350
+55 61 2028-9280
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É evidente que querem botar a culpa nos coitadinhos que são vítimas de nossas devastações, pelo contrário são nossos protetores, nossos termômetros deveríamos sim mapear as áreas que foram contaminados.
Ver todo percurso do rio doce que está sem proteção biológica alguma, não existe mais sapos, cobras, peixes, aranhas, aves por conta dos desmandos do homem (Samarco) versus corrupção , e pior ninguém faz o alerta, fala ou cobra.
Que país é esse?????????