A Associação Paulista de Imprensa – API, vem a público posicionar-se da forma seguinte:
A liberdade de Imprensa é sagrada. O bom jornalismo, transformador, sempre agiu resguardando fontes e fazendo uso da liberdade de manifestação.
Desde o episódio do assassinato de Líbero Badaró, cuja crise resultante levou à abdicação do Imperador Pedro I do trono do império, o jornalismo brasileiro sempre esteve no centro dos grandes acontecimentos que levaram às mudanças institucionais que marcam a história de nossa Nação.
Nesse sentido, a Associação Paulista de Imprensa, casa de Líbero Badaró, há oitenta e nove anos atuando na defesa do jornalismo paulista e brasileiro, declara seu apoio à reeleição do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro.
O apoio se deve à defesa intransigente da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão, demonstrada por falas e atos do Presidente Jair Bolsonaro. Liberdade essa mantida e respeitada pelo Presidente da República em todos os momentos do atual mandato, independentemente da crescente vulgarização dos conflitos assimétricos por ele enfrentados, da crescente polarização política no cenário nacional, da intensa troca de opiniões travada pelo mandatário perante jornalistas, políticos e demais atores institucionais, mesmo diante da inconcebível distorção de posturas, decorrente da ação de atores ideologicamente motivados, no bojo de uma lawfare travada no campo da Administração da Justiça, utilizada nocivamente a pretexto de “equilibrar” assimetrias ou judicializar o exercício da política no Brasil.
Um exemplo desse fenômeno – carregado de contradições e paradoxos, enfrentado pelo Presidente e pelos jornalistas brasileiros, foi o chamado “combate às fake news”.
O termo “fake news”, quando transportado do vocabulário jornalístico para ser tratado como componente de judicialização da liberdade de expressão – transformou-se em veneno da liberdade e elemento condutor da chamada espiral do silêncio.
Espiral do silêncio foi constatada por Elisabeth Noelle-Neumann, nos anos 1970, e consiste num processo de constrangimentos impostos pelo estamento dominante visando manter padrões culturais e comportamentais que inibam os indivíduos a emitir opiniões discordantes – adotando o silêncio pelo temor do isolamento, da crítica, da estigmatização e da ruína.
Assim, a subjetividade contida no uso da expressão fake news, torna a liberdade de imprensa refém do “duplipensar” orwelliano – que no Brasil parece ter saído da ficção da obra “1984”, para integrar a realidade do Supremo Tribunal Federal e a pauta de inúmeros veículos de imprensa engajados na ação liberticida que hoje envolve a campanha eleitoral do candidato petista Lula da Silva.
A necessidade perversa, mesquinha, desprezível e imoral, expressa por atos e decisões nada “oblíquas”, de massacrar materialmente jornalistas, empastelar mídias conservadoras, recolher instrumentos de trabalho, suprimir páginas remuneradas nas redes sociais, privar economicamente o exercício da profissão, revela muito mais dos agentes encarregados de decidir e cumprir aberrações travestidas de atos judiciais, e também dos líderes políticos e canais de comunicação que as apoiam, que poderia revelar eventual “delito de opinião” imputado ao jornalista perseguido.
Aliás, “delito de opinião” já é figura incompatível com qualquer democracia. Quando o Estado dispensa a tutela do livre debate das ideias para reprimir desproporcionalmente o cidadão que as emite… a democracia corre perigo.
Esse lixo persecutório – com caráter stalinista, revela o nível de mediocridade instalado hoje em vários seguimentos da estrutura pública e privada nacional, açambarcado pela campanha do adversário lulopetista à presidência da República.
Revela também outra coisa, sintomática: medo. Medo do pluralismo democrático e da liberdade de expressão.
Esse medo institucionalizado, jamais foi compartilhado pelo Presidente Jair Bolsonaro, por mais acerba que fosse a crítica a seus atos e posturas adotados durante o cumprimento do seu mandato.
Por tudo isso, a Associação Paulista de Imprensa reitera seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro, como única saída possível para o Brasil permanecer livre e democrático.
Sérgio de Azevedo Redó – Presidente
Fernando Pinheiro Pedro – Vice-presidente
Arnaldo Acbas de Lima – Vice-presidente
Fonte: API – Assoc. Paulista de Imprensa
Publicação Ambiente Legal, /10/2022
Edição: Ana Alves Alencar
As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.